NECESSITAMOS DE UM NOVO PENTECOSTES

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NECESSITAMOS DE UM NOVO PENTECOSTES​

No livro dos Atos dos Apóstolos destaca a presença de Maria no nascimento da Igreja: “Todos eles perseveraram unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele” (At 1, 14).

Ela, que concebera Jesus por obra do Espírito Santo, portadora do Espírito Santo, era também uma das destinatárias do dom do Espírito Santo em Pentecostes.

Tornava-se, então, testemunha de Jesus (cf. At 1, 8) e dos acontecimentos mais importantes da história da salvação que em seu Filho tem o ponto mais alto.

A partir dali, iluminada pelo Espírito Santo, Maria, a Serva da Trindade, compreenderá tudo o que Jesus ensinara e fizera. “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14, 26), isto é, aquilo que Nossa Senhora, no desenvolvimento da realização da missão, com tanto cuidado, havia guardado em seu coração.

O Evangelista Lucas revela que o Espírito Santo desceu sobre Maria, e a força do Altíssimo a envolveu com sua sombra (cf. Lc 1, 35).  Quando Isabel ouviu a saudação de Maria (a cheia de Graça), a criança em seu ventre estremeceu de alegria e ela ficou cheia do Espírito Santo.

Maria é filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho e Esposa do Espírito Santo. Por isso que Ela é considerada ícone da Santíssima Trindade. Mulher conduzida pelo Espírito se fez presente no cenáculo em Pentecostes para mais uma vez recebe – LO.

As Sagradas Escrituras confirmam isso em Atos dos Apóstolos 2, 4 onde diz que “Ficaram todos cheios do Espírito santo” (grifo nosso). Monsenhor Jonas Abib costuma dizer em suas palestras que todos significa todos, ou seja, se Maria estava reunida ela também ficou, novamente, cheia do Espírito Criador.

O Evangelista Lucas também narra no Livro dos Atos dos Apóstolos que, não muito tempo depois de Pentecostes (cf. At 2, 1-4), houve uma espécie de segundo Pentecostes (cf. At 4, 31), em que todos novamente ficaram “cheios do Espírito Santo”, entre eles alguns apóstolos e discípulos que estavam presentes na vinda do Espírito no primeiro Grande Pentecostes.

Dessa forma, podemos concluir que Maria, nascida por obra do Espírito Santo sem pecado original, que teve sua vida envolvida pela força do Altíssimo, que proporcionou com sua visita que Isabel e João Batista ficassem cheios do Espírito, juntamente com os Apóstolos nos ensinam da necessidade de se viver um PERENE PENTECOSTES.

Eu vos pergunto: Se Maria esteve no cenáculo para novamente receber o Espírito Santo e os Apóstolos também, imagine você e eu? Sinto-me impulsionado a dizer que nós precisamos viver um Pentecostes perene, mas para isso precisamos todos os dias voltar ao cenáculo da oração, da partilha, da fraternidade, da obediência, da humildade para sermos batizados no Espírito e no Fogo (cf. Lc 3, 16).

Frei Raniero Cantalamessa destacando os três verbos (VEM, VISITA e ENCHE) que há na primeira estrofe do hino Veni Creator faz a seguinte pergunta: Como pode a Igreja pedir ao Espírito Santo: Vem, visita e enche? Ela não acredita que já recebeu o Espírito Santo em Pentecostes e, depois, para cada indivíduo, no batismo sacramental?

O que significa dizer: Vem! Para alguém que já está presente? Visita! Para quem já se encontra em nosso meio? E Enche! Para quem já está dentro de nós?

Assim, o Frei nos ensina em seu livro “O Canto do Espírito” que a Igreja compreende a necessidade de voltarmos sempre ao cenáculo, pois foi nele que ela nasceu e que precisamos todo momento fazer a experiência do Pentecostes, como Maria e os Apóstolos.

Segundo essa moção o Documento de Aparecida em sua conclusão n. 548, diz: “Não podemos deixar de aproveitar esta hora de graça. Necessitamos de um novo Pentecostes”!

Por isso, convido a todos a se abrirem a ação do Espírito Santoe a elevar aos céus suas mãos e sua voz, clamando: Vem Espírito Santo e renova o meu coração e a face da terra! Visita-me e retira minha alma de toda reclusão do medo, desânimo e solidão! Enche-me de coragem e de força para eu ser testemunha fiel do meu Senhor nos dias de hoje!

Amém!

Eduardo – Badu

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