Foto Vatican News / Papa reza o Angelus da janela do apartamento pontifício no Palácio Apostólico
Devemos reconhecer os nossos limites, fraquezas e pecados, mas não para desesperar-nos, mas para oferecê-los ao Senhor, que nos cura. Devemos segurá-lo pela mão e seguir em frente.
No Angelus deste IV Domingo da Quaresma, chamado de domingo da alegria, o Papa deixou uma mensagem de encorajamento em sua reflexão, inspirada no Evangelho de São João, proposto pela liturgia do dia.
A alegria e a salvação – frisou – são o centro do anúncio cristão, pois “quando a situação parece desesperadora” Deus as oferece ao homem, pois não está separado dele, “mas entra na história da humanidade, envolve-se na nossa vida, entra, para animá-la com a sua graça e salvá-la”.
Neste sentido, devemos estar atentos para “escutar este anúncio, rejeitando a tentação de considerar-nos seguros de nós mesmos, de querer deixar de lado Deus, reivindicando uma absoluta liberdade d’Ele e da sua Palavra”.
O Papa nos recorda que é preciso ter coragem para “reconhecer-nos por aquilo que somos”, frágeis, limitados. E quando nos deparamos com nossos pecados e fraquezas, “pode acontecer de sermos tomados pela angústia, pela inquietação pelo amanhã, pelo medo da doença e da morte”:
“Isto explica porque muitas pessoas, buscando uma saída, enveredam às vezes por perigosos atalhos, como por exemplo o túnel da droga ou o das superstições ou de desastrosos rituais de magia”.
Nós devemos sim reconhecer os próprios limites e fragilidades – disse o Papa – mas “não para nos desesperar, mas para oferecer ao Senhor e Ele nos ajuda no caminho da cura, nos leva pela mão, mas nunca nos deixa sozinhos, nunca. Deus está conosco e por isto me alegro, nos alegramos hoje: «Alegra-te Jerusalém – diz – porque Deus está conosco»”.
“Quando somos verdadeiros cristãos”, mesmo diante das tristezas “existe aquela esperança que é uma pequena alegria que cresce e te dá segurança”:
“Nós não devemos nos desencorajar quando vemos os nossos limites, os nossos pecados, as nossas fraquezas: Deus está ali, Jesus está na cruz para nos curar. Este é o amor de Deus. Olhar para o Crucifixo e dizer dentro: «Deus me ama»”.
Deus “é maior do que as fraquezas, infidelidades e pecados. E tomemos o Senhor pela mão, olhemos para o Crucifixo e sigamos em frente”.
Ao concluir, o Santo Padre invocou a proteção de Maria, Mãe da Misericórdia, para que coloque em nosso coração “a certeza de que somos amados por Deus. Que esteja próxima de nós nos momentos em que nos sentimos sozinhos, quando somos tentados a nos render às dificuldades da vida. Nos comunique os sentimentos de seu Filho Jesus, para que o nosso caminho quaresmal torne-se experiência de perdão, de acolhida e de caridade”.
Ao final, ao saudar os grupos e peregrinos presentes na Praça São Pedro, o Papa Francisco dirigiu-se à comunidade brasileira que vive em Roma e que marcou presença no tradicional encontro dominical com bandeiras do Brasil.
Radio Vaticano