Doutrina Social da Igreja: desígnio de Deus e missão da Igreja

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Como a Igreja impulsiona a dignidade da pessoa humana?

Por meio da Liturgia da Palavra e da Comunhão, a Igreja impulsiona a dignidade da pessoa humana, orientando-nos em nossas ações diárias para que alcancemos significados mais profundos. Apesar da crença na providência divina, não podemos aguardar do plano de Deus um projeto engessado e definitivo. Antes de tudo, somos testemunhas das mudanças sociais que nos fazem parte integrante de um grupo de pessoas que necessita, à cada tempo, mais daqueles que buscam pregar a justiça e a solidariedade. Então será engessado e definitivo, exclusivamente, nossa busca cotidiana pela realização pessoal como cristão.

A Igreja, sinal e tutela da transcendência da pessoa humana

Como cristão é preciso estar atento, primeiramente, a missão que o próprio Cristo nos deixou: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensina-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado” (Mt 28, 19-20).

Com isso, o desígnio da Igreja oferece, ao homem, o caminho de formar uma sociedade mais humana, uma comunidade tão próxima quanto uma verdadeira família. Encontra-se, então, a verdadeira vocação do povo de Deus de cumprir o preceito eleito por Jesus Cristo como o mais importante: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com todo o teu entendimento; e teu próximo como a ti mesmo!” (Lc 10, 27).

Por essas razões, o exercício da fé cristã vai além do próprio indivíduo, mas revela-se pela dedicação para salvação das almas e pelo amor ao próximo, como membro efetivo da comunidade que se apoia na Igreja.

Igreja, Reino de Deus e renovação das relações sociais

As transformações que precisam ser realizadas na sociedade não são tiradas de um roteiro concreto e autoritário. Na verdade, é uma tarefa confiada à comunidade cristã, que deve realiza-la por meio da reflexão inspirada no Evangelho.

O amor ao próximo e a participação no amor infinito de Deus é o autêntico fim histórico e transcendente da humanidade. Portanto, embora seja necessário distinguir, com cuidado, o progresso terreno do crescimento do caminho em Cristo, a forma como conquistamos as coisas mundanas é a medida de nossas obras cristãs.

Novos céus e nova terra

A promessa de Deus e a ressurreição de Jesus Cristo acendem, nos cristãos, a esperança de que para todas as pessoas é preparada uma nova e eterna morada, uma terra em que habita a justiça e a paz. Essa esperança deve impulsionar a dedicação às boas obras realizadas no presente.

A prática dos ensinamentos de Jesus Cristo garantem, ao cristão, a recompensa por antecipar, neste mundo, no âmbito das relações humanas, o que será realidade na vida eterna, empenhando-se em dar de comer, beber, acolher, vestir, cuidar e visitar o Senhor que bate à porta (Mt 25, 35-37).

Maria e o Seu fiat ao desígnio de amor de Deus

A primeira dentre os discípulos de Jesus Cristo é Maria, Sua Mãe, cuja fé manifestou com o seu fiat (faça-se ou aceito) ao desígnio de amor de Deus: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Em nome de toda a humanidade, Maria acolhe, na história, o enviado do Pai, o Salvador dos homens.

A vida prometida e proporcionada a cada homem [pelo Pai em Jesus Cristo] é o complemento final da vocação. É, também, o cumprimento do destino que Deus preparou à humanidade desde toda a eternidade. Esse destino divino torna-se o destino do homem de forma definitiva. Como o Santo Papa Paulo VI proclamou a Mãe de Cristo, também, Mãe da Igreja, o exemplo de Maria deve sempre ser lembrado em nosso caminhar pela doutrina da Igreja.

Desígnio de Deus e missão da Igreja

Muitos de nós, diante das dificuldades do caminho de Deus e das tentações do mundo, tem vontade de voltar atrás na missão de evangelização. Há, também, as provações que encontramos dentro da própria comunidade de fé. Esses desafios provocam a confusão de ideias em relação aos nossos irmãos e podem nos levar ao desânimo. Faz bem que, ao nos depararmos com tais opiniões, tenhamos a oportunidade de expressar nossos receios. No entanto, é necessário manter-se dentro dos devidos limites, escolhendo bem as palavras, o momento e o ouvinte.

É claro que, a vida de Igreja exige de nós uma fé particularmente consciente, profunda e responsável. A verdadeira comunhão requer entrega, aproximação, disponibilidade para o diálogo e busca constante da verdade no pleno sentido evangélico e cristão. E, a verdade divina, constantemente confessada e ensinada pela Igreja, está no amor, no próximo e em como a vontade de Deus sempre nos guia pelo bem maior de todos os Seus filhos.

Que Deus nos ilumine e nos preencha do Espírito Santo, para que, com os ensinamentos de Jesus Cristo e ao exemplo de Maria, possamos dizer sim à nossa missão como cristãos. Buscando, assim, o nosso próprio crescimento espiritual nas ações de amor para com o outro e para o bem maior da sociedade.

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