Lectio Divina: Mt 6, 1-6.16-18
“Guardai – vos de fazer vossas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles”.
A Igreja inicia a QUARESMA trazendo o mensagem bíblica em que Jesus ensina aos discípulos que todo ato religioso, tem por princípio a honra e louvor a Deus e não apenas para melhorar a própria reputação dos homens.
Três práticas religiosas que irão nortear este tempo quaresmal é a esmola, a oração e o jejum. Cada uma dessas práticas traz em si um comportamento que deve ser evitado, uma atitude apropriada e a promessa de uma recompensa vinda de Deus.
A prática da esmola era levada muito a sério pelos religiosos da época de Jesus, justamente pelo fato de viverem em um sistema político – econômico – social, que não favorecia os pobres, os indefesos e os doentes. Por este motivo, as pessoas religiosas levavam muito a sério a questão da esmola, com o objetivo de ajudar e de aliviar o sofrimento de seu próximo.
No tocante à oração, Jesus sinaliza que se ela for para obter o louvor dos homens não é, em absoluto, oração. Deus recompensa apenas a ORAÇÃO GENUÍNA elevada a Ele com sinceridade, por isso que adverte os seus discípulos: “Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, te recompensará”.
Por fim, Jesus fala da importância do jejum. Segundo o costume judaico, os fariseus piedosos tinham o hábito de jejuar duas vezes na semana. Observando seus comportamentos, Jesus adverte os seus discípulos a disfarçar o jejum, mantendo a aparência de quem se prepara para uma festa, a fim de não serem notados: “Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto. Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, te recompensará”.
Termino sinalizando que Jesus não crítica os atos religiosos da esmola, oração e jejum, mas sim a exibição piedosa. Ou seja, Jesus condena o fato de se fazer esmola por exibição; o de fazer oração por exibição; o de fazer jejum por exibição.
A nossa recompensa vem do Pai que tudo vê e tudo sabe. É a Deus que nossos atos religiosos devem ser elevados e praticados, a fim de que possamos receber a recompensa dEle e não apenas os elogios dos homens. Amém!
Fogo na Alma!
Eduardo Badu