Manifesto minha proximidade às pessoas afetadas por chuvas fortes e inundações em diferentes regiões do Brasil nas últimas semanas. Rezo em particular pelas vítimas e suas famílias, e por aqueles que perderam suas casas. Que Deus ajude os esforços daqueles que estão prestando socorro.
Foram as palavras do Santo Padre após a oração mariana do Angelus, ao meio-dia deste domingo, 16 de janeiro, II Domingo do Tempo Comum. A oração de Francisco ilumina a difícil situação do Brasil, onde a emergência nos dez Estados atingidos pelas chuvas e inundações continua elevada (durante e no pós-inundações), particularmente nos Estados da Bahia e Minas Gerais, nos quais já morreram 50 pessoas. As consequências para a população têm sido desastrosas, com a perda de casas, escolas e infraestrutura. Entre as localidades afetadas está Brumadinho, em Minas Gerais, onde o rompimento da barragem em 25 de janeiro de 2019 havia causado 270 mortes. Há também temores de rompimento de 42 barragens no país, incluindo a de Usina de Carioca, perto de Pará de Minas, onde mais de cem mil pessoas foram alertadas. Em Ouro Preto, lugar famoso por sua herança histórica, um deslizamento de terra e lama varreu um edifício neocolonial do século XIX, o primeiro da cidade, felizmente sem causar feridos. Segundo o último relatório da Defesa Civil, Minas tem atualmente 374 cidades em estado de emergência e 30,5 mil pessoas desabrigadas.
Atuação da Caritas
Diante das necessidades de tantas pessoas, tem havido uma mobilização internacional. A Caritas internacional está coordenando as ajudas em estreita colaboração com a Caritas brasileira. Os EUA e a União Europeia também forneceram as primeiras ajudas. Bruxelas enviou um milhão de euros em fundos de emergência para responder às consequências das enchentes. “Este financiamento – escreve a Comissão Europeia em uma nota – visa cobrir necessidades urgentes através do fornecimento de alimentos, água potável, abrigo e artigos domésticos. Os parceiros humanitários também apoiarão a população com serviços de saúde para mitigar o risco de epidemias”.
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