A primeira etapa neste segundo dia do Papa na Bulgária foi a visita ao Centro de acolhida de refugiados de Vrazhdebna. Francisco, recebido pelo diretor do Centro e pelo diretor da Caritas na entrada principal da estrutura, encontrou cerca de 50 pessoas no refeitório, incluindo crianças e pais. O encontro realizou-se em um ambiente familiar e alegre, como nos conta o diretor interino da Sala de Imprensa do Vaticano, Alessandro Gisotti:
R. – O encontro desta manhã foi muito breve. Em cerca de 25 minutos o Santo Padre e estas crianças realmente protagonistas deste encontro no Centro de refugiados, deram também o sentido daquilo que o Papa Francisco está dizendo com suas palavras e com seus gestos, podemos dizer, desde o início de seu Pontificado. A proximidade à carne sofredora de Cristo, as periferias existenciais e, neste caso, realmente, com um elemento a mais, isto é, crianças: crianças que vêm da Síria, do Iraque e que são acolhidas neste Centro, em particular pela Caritas, que puderam encontrar com alegria o Santo Padre. Muito bonita também a entrega ao Papa dos desenhos, o modo mais natural para as crianças e um presente que o Papa muito apreciou. Os desenhos têm um particular significado de beleza, de alegria: acredito que isto tocou o Santo Padre, como também a nós. Eram desenhos lindos, alegres, assim como o coral das crianças que acompanhou toda a visita, estamos falando de crianças em idade escolar de 6 a 10 anos, e eles realmente animaram todo o encontro com esses cânticos. O Papa gostou muito e essas crianças também se sentiram muito gratificadas, o que também foi percebido na troca de desenhos e na saudação que se seguiu. O Santo Padre deixou um ícone de Nossa Senhora, isto para mostrar a presença fundamental de Maria, da maternidade, em um local de tão grande sofrimento, mas também de esperança, como é este Centro de acolhimento de refugiados.
D. – Quais foram as palavras do Papa?
R. – O Papa destacou em uma breve saudação às crianças, a seus pais e a todos os voluntários presentes no Centro, que as crianças sempre nos ajudam a compreender melhor o que está acontecendo. Um caminho doloroso disse o Papa, destas crianças, de suas famílias, para escapar da guerra, da miséria, no deixar sua pátria e tentar inserir-se em outras áreas do mundo, portanto, também um sentido de esperança. Depois, o Papa disse algo muito forte: “Hoje o mundo dos migrantes e dos refugiados é um pouco uma cruz, uma cruz de humanidade, e a cruz é muita gente que sofre”. E depois o Papa agradeceu a estas crianças, estas famílias, por sua boa vontade também nesta via sacra, neste caminho de sofrimento em levar a boa vontade também onde estão, nos países onde chegam com grande dificuldade e grande sofrimento. Ele pediu orações por ele e sabemos como é importante para o Papa a oração de quem sofre, em particular essas crianças e essas famílias.
D. – Como foi a acolhida do Papa pelos refugiados?
R. – Foi muito calorosa e realmente a coisa bonita é que estamos falando de pessoas de diferentes nacionalidades, mesmo de diferentes religiões, e vimos essas imagens com as quais você nunca se acostuma, imagens tocantes do abraço com o Papa, de homens, mulheres, crianças, dessas famílias. Também foi muito bonito o testemunho da voluntária da Caritas, que introduziu este momento, sublinhando como eles, com muita simplicidade a cada dia trabalham pela integração: ensinando a língua, a língua búlgara, a língua inglesa, procurando viver todos os dias o que o Papa ele sempre nos diz, isto é, a acolhida, a integração e o acompanhamento dessas pessoas que sofrem.
Radio Vaticano