Thulio Fonseca – Vatican News
“Muito obrigado pela visita. Aprecio muito o vosso trabalho, que é um trabalho eclesial e que nasceu dentro da Companhia de Jesus”. Com estas palavras, de maneira espontânea e em espanhol, Francisco iniciou a audiência com a delegação responsável pela “Rede Mundial de Oração do Papa”, nesta sexta-feira, 26 de janeiro.
O sentido de todo apostolado
O Pontífice recordou que “no trabalho apostólico de um fiel, de um diácono, de um sacerdote, de uma pessoa consagrada, de um bispo, se bem realizado, sente-se fortemente a necessidade de oração, de intercessão”, e sublinhou:
“A ação por si só, embora apostólica, sem oração, é uma questão de negócios. O que dá sentido ao apostolado é a oração.”
Oração, o primeiro dever do cristão
Francisco então usou como exemplo um episódio bíblico que chama sua atenção, quando Pedro diz aos apóstolos depois que instituíram os diáconos: “e quanto a nós, ou seja, aos bispos, cabe a oração e a proclamação da palavra”.
“O primeiro dever de um bispo é rezar. O primeiro dever de um cristão é rezar. Oração. Caso contrário, corremos o risco de nos tornarmos uma instituição puramente comum, mundana. Ou uma instituição política.”
Ao concluir seu breve discurso, o Papa agradeceu novamente a Obra Pontifícia “pelo que fazem para apoiar a mística da oração na Igreja, entre todos os leigos e também entre as pessoas consagradas ou ordenadas.
Rede Mundial de Oração do Papa
A Rede Mundial de Oração do Papa é uma Obra Pontifícia confiada à Companhia de Jesus, com um Diretor Mundial nomeado pelo Santo Padre. Tem como missão sensibilizar e mobilizar os cristãos, a partir de uma relação pessoal com Jesus, e todos os homens e mulheres de boa vontade, para os desafios do mundo e da missão da Igreja que o Santo Padre expressa nas suas intenções mensais de oração.
A fundação vaticana que tem como objetivo mobilizar os católicos perante os desafios da humanidade e a missão da Igreja por meio da oração, com intenções confiadas pelo Papa. Fundado como Apostolado da Oração no século XIX por iniciativa dos jesuítas, hoje está presente em 89 países e conta com a adesão de mais de 22 milhões de católicos.
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