Thulio Fonseca – Vatican News

“Renovo meu apelo por um cessar-fogo humanitário imediato e incentivo todas as partes envolvidas a retomarem as negociações, e peço a todos que se comprometam urgentemente a levar ajuda humanitária à população de Gaza, que está no limite. Há muito sofrimento ali! Que todos os reféns que viram esperança na trégua de alguns dias atrás sejam libertados: que esse grande sofrimento para israelenses e palestinos chegue ao fim. Por favor, não às armas, sim à paz”. 

Foi esse o apelo do Papa no final da Audiência Geral desta quarta-feira, 13 de dezembro, ao recordar que continua acompanhando “com grande preocupação e dor” o conflito entre israelenses e palestinos. Francisco também exortou para que não se esqueça de “pedir o dom da paz para as populações que estão sofrendo por causa da guerra, especialmente para Israel, a Palestina e a martirizada Ucrânia”.

Memória litúrgica de Santa Luzia, celebrar a amizade e o testemunho cristão

Recordando que hoje a liturgia comemora Santa Luzia, virgem e mártir, Francisco destacou que “em algumas regiões da Itália e da Europa é costume trocar presentes nesta ocasião por causa da proximidade do Natal” e convidou todos “a dividir o dom da amizade e do testemunho cristão”.

Ao dirigir-se aos fiéis de língua portuguesa, o Papa encorajou os lusófonos a continuar a dar, com fé, o testemunho cristão na sociedade. “Deixai-vos guiar pelo Espírito Santo, para crescerdes repletos dos seus frutos. De bom grado abençoo a vós e aos vossos entes queridos”, afirmou Francisco.

Vatican News

Mariangela Jaguraba – Vatican News

O Papa Francisco concluiu o ciclo de catequeses sobre o zelo apostólico na Audiência Geral, desta quarta-feira (13/12), realizada na Sala Paulo VI.

Durante este período, “nos deixamos inspirar pela Palavra de Deus, pela vida de algumas testemunhas e pelo Magistério recente para cultivar a paixão pelo anúncio do Evangelho”, disse Francisco, recordando que o zelo apostólico “diz respeito a todos os cristãos, desde o início”. No Batismo, o celebrante diz, tocando os ouvidos e os lábios do batizado: “O Senhor Jesus que fez os surdos ouvir e os mudos falar, te conceda que possas logo ouvir a sua palavra e professar a fé”.

Jesus realiza um sinal prodigioso a um homem surdo. O evangelista Marcos descreve onde isso aconteceu: “No mar da Galileia. “O que esses territórios têm em comum?”, perguntou o Papa. “O fato de serem predominantemente habitados por pagãos”, respondeu. “Jesus é capaz de abrir os ouvidos e a boca, ou seja, o fenômeno do mutismo e da surdez na Bíblia é também metafórico e designa o fechamento aos apelos de Deus”, disse ainda Francisco, ressaltando que “há uma surdez física, mas na Bíblia quem é surdo para a Palavra de Deus é mudo, pois não comunica a Palavra de Deus”.

Somos chamados a abrir-nos

Outro sinal é indicativo: o Evangelho relata a palavra decisiva de Jesus em aramaico: Efatá significa “abre-te” que se abram os ouvidos e que se abra a língua. É um convite dirigido não tanto ao surdo-mudo, que não podia ouvi-lo, mas aos discípulos de então e de todos os tempos.

Também nós, que recebemos o Efatá do Espírito no Batismo, somos chamados a abrir-nos. “Abre-te”, diz Jesus a cada fiel e à sua Igreja: abre-te porque a mensagem do Evangelho precisa de ser testemunhada e anunciada! E isso faz pensar no comportamento do cristão. O cristão deve ser aberto à Palavra de Deus e ao serviço dos outros. Os cristãos fechados terminam sempre mal, pois não são cristãos, mas ideólogos, ideólogos do fechamento. O cristão deve ser aberto no anúncio da palavra e no acolhimento dos irmãos e irmãos.

Testemunhar e anunciar Jesus

Segundo o Papa, “este Efatá, abrir-se, é um convite a todos nós. No final dos Evangelhos, Jesus nos dá esse seu desejo missionário. Ir além, ir apascentar e pregar o Evangelho”.

Irmãos e irmãs, sintamo-nos todos chamados, como batizados, a testemunhar e anunciar Jesus. Peçamos a graça, como Igreja, de poder realizar uma conversão pastoral e missionária. O Senhor, às margens do mar da Galileia, perguntou a Pedro se ele o amava e depois pediu-lhe que apascentasse as suas ovelhas.

Francisco convidou cada um a se perguntar: “Amo realmente o Senhor, a ponto de querer anunciá-lo? Quero ser sua testemunha ou contento-me em ser seu discípulo? Levo a sério as pessoas que encontro, levo-as até Jesus na oração? Desejo fazer algo para que a alegria do Evangelho, que transformou a minha vida, torne a deles mais bonita também?” “Pensemos nessas perguntas e sigamos adiante em nosso testemunho”, concluiu.

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