Se quisermos ter a vida em nós mesmos, vida plena e eterna; se quisermos ressuscitar com Jesus no último dia, precisamos da Eucaristia, precisamos comungar, frequentemente, e adorar Jesus no Santíssimo Sacramento, para vencer com Ele e ressuscitar no último dia. Participando vivamente do sacrifício da Missa, onde Jesus renova para nós o mesmo sacrifício do Calvário e comungando Seu Corpo e Sangue, teremos a vida eterna e a certeza de que Ele nos ressuscitará no último dia.

Em cada Missa, Jesus nos faz esse convite: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo”. É por isso que nossa participação, na celebração eucarística, precisa ser profunda e fervorosa, pois é o próprio Jesus que se dá nessa ceia.

Nesse mesmo trecho do Apocalipse, o Senhor nos diz: “Quanto a mim, repreendo e corrijo todos a quem amo. Sê, pois, fervoroso e arrepende-te!”.

Cremos que, em cada Missa, Jesus renova o Seu sacrifício, aquele mesmo realizado por nós no calvário. Mas, infelizmente, a nossa fé não tem sido traduzida em atos.

Foto ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

A Missa é um sacrifício

A ordem de Deus, por meio da Palavra, é “sê, pois, fervoroso e arrepende-te”. Temos sido muito relaxados. Muitas pessoas vão à Missa, mas não participam, não se colocam inteiramente na celebração, estão somente de corpo presente, vão só por obrigação.

Nossa mentalidade precisa ser mudada! Em cada Missa, o Senhor quer cear e ter um contato íntimo conosco. A Missa é um banquete íntimo, onde Jesus põe sobre a mesa o Seu próprio corpo e Seu próprio sangue. É mais do que um banquete, é um sacrifício.

“A Missa é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, o memorial sacrifical no qual se perpetua o sacrifício da Cruz, e o banquete sagrado da comunhão no Corpo e no Sangue do Senhor. Mas a celebração do Sacrifício Eucarístico está toda orientada para a união íntima dos fiéis com Cristo pela comunhão. Comungar é receber o próprio Cristo que se ofereceu por nós” (Catecismo da Igreja Católica n.1382).

Receber Jesus Eucarístico é um privilégio!

Jesus renova o Seu sacrifício para nós pessoalmente, como família e como Igreja. Temos o privilégio de receber Jesus na Eucaristia. Precisamos valorizar esse tesouro.

Os primeiros cristãos celebravam a Eucaristia até mesmo nos tempos difíceis de perseguição. Faziam isso de forma clandestina, às escondidas. A Eucaristia era levada também àqueles que não podiam estar na celebração, porque estavam longe e não tinham como chegar, ou estavam na prisão esperando o martírio.

Hoje, temos muitos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística, que levam Jesus aos hospitais e asilos, para as pessoas que estão impossibilitadas de sair de casa: Jesus quer chegar a todos sem exceção.

São Tarcísio

São Tarcísio, mártir da Igreja, por volta do ano 258, morreu ao tentar levar a Sagrada Comunhão aos cristãos condenados à morte, pela perseguição de Valeriano, imperador de Roma.

Nas prisões, à espera do martírio, eles desejavam, ardentemente, poder fortalecer-se com Jesus Eucarístico. Essa forma de ministrar a Eucaristia era chamado viático, isto é, “conforto na viagem para a eternidade”. O difícil era entrar nas cadeias para levá-lo.

“Na véspera de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes a eles. Foi então que o acólito Tarcísio, com doze anos de idade, ofereceu-se para essa piedosa tarefa. Não faltaram objeções sobre sua idade, mas Tarcísio se dizia preparado, e afirmava que, pela sua pouca idade, passaria desapercebido, como um parente próximo das vítimas. Ele ainda dizia: ‘Antes de morrer, quero entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos’.”

Trecho extraído do livro “Eucaristia: Nosso Tesouro“, de Monsenhor Jonas Abib.

Canção Nova

Como ser amigo no dia a dia?

Um dia, na escola, eu vi um garoto de minha sala caminhando para casa depois da aula. Seu nome era Kyle. Parecia que ele estava carregando todos os seus livros.
Eu pensei: “Por que alguém iria levar para casa todos os seus livros numa sexta- Feira? Eu já tinha meu final de semana planejado (festas e um jogo de futebol com meus amigos sábado de tarde), então eu dei de ombros e segui meu caminho.

Conforme eu ia caminhando, eu vi um grupo de garotos correndo na direção dele.
Eles o atropelaram, arrancando todos os seus livros de seus braços e o empurraram, de forma que ele caiu no chão. Seus óculos voaram, e caíram na grama a alguns metros de onde ele estava. Ele ergueu o rosto e eu vi a terrível tristeza em seus olhos.

Meu coração se penalizou por ele. Então eu corri até ele enquanto ele engatinhava, procurando por seus óculos, e pude ver uma lágrima em seu olho. Enquanto eu lhe entregava os óculos eu disse: “Aqueles meninos são uns bobos”. Ele olhou para mim e disse, “Ei, obrigado!”

Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos que realmente mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros, e perguntei onde ele morava. Por coincidência ele morava perto da minha casa, então eu perguntei como nunca o havia visto antes. Ele respondeu que antes ele frequentava uma escola particular.

Nós conversamos por todo o caminho de volta para casa, e eu carreguei seus livros.
Perguntei se ele queria jogar futebol no sábado comigo e meus amigos. Nós ficamos juntos por todo o final de semana e quanto mais eu conhecia Kyle, mais eu gostava dele. E meus amigos pensavam da mesma forma.

Chegou a segunda-feira, e lá estava o Kyle com aquela quantidade imensa de livros outra vez. Eu o parei e disse: “menino, você vai ficar realmente musculoso carregando uma pilha de livros assim todos os dias!”. Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros.

Pelos próximos quatro anos Kyle e eu nos tornamos melhores amigos. Quando estávamos nos formando começamos a pensar na faculdade. Eu sabia que seríamos sempre amigos, que a distância nunca seria um problema. Ele seria médico, e eu ia tentar uma bolsa escolar no time de futebol.

Kyle era o orador oficial de nossa turma. No dia da formatura eu vi Kyle, ele estava ótimo. Quando ele subiu no oratório, limpou a garganta e começou o discurso:
“A formatura é uma época para agradecermos àqueles que nos ajudaram durante esses duros anos. Seus pais, seus professores, seus irmãos, talvez até um treinador…mas principalmente aos seus amigos. Eu estou aqui para lhes dizer que ser um amigo para alguém é o melhor presente que você pode lhes dar. Eu vou lhes contar uma história.”

Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos.

Ele havia planejado se matar naquele final de semana. Ele contou a todos como ele havia esvaziado seu armário na escola, para que sua mãe não tivesse que fazer isso depois que ele morresse, e estava levando todas as suas coisas para casa.
Ele olhou diretamente nos meus olhos e me deu um pequeno sorriso.

“Felizmente eu fui salvo. Meu amigo me salvou de fazer algo inominável”. Eu observava o nó na garganta em todos na platéia enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza. Eu vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo com aquela mesma gratidão.

Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você pode mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior. Deus nos coloca nas vidas uns dos outros para que tenhamos um impacto sobre o outro de alguma forma.

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Canção Nova

 

O coração é o símbolo universal do amor. Ele é usado, com muita frequência, por quem deseja exprimir seu amor por uma pessoa, por uma cidade, por um time de futebol etc. Por exemplo: “Eu (CORAÇÃO) o Brasil. Eu (CORAÇÃO) o Francis. Eu (CORAÇÃO) ir ao povo”… Compreende-se, logo, o significado: “Eu amo o Brasil. Eu amo o Francis. Eu amo ir ao povo”.

O coração é o símbolo do amor! Quando dizemos “Coração de Jesus”, queremos exprimir todo o amor de Jesus Cristo ressuscitado por Seu Pai, por Seu Espírito Santo, por Seus pais, Maria e José; por Sua Igreja, por todos os seres humanos, por você e por todos os seus familiares, por mim e minha família, por todos nós. Jesus é uma pessoa que só soube e só sabe fazer uma coisa: amar. Tudo quanto Jesus pensou e pensa, falou e fala, realizou e realiza, quis e quer, tudo brota e jorra do Seu coração, ou seja, do Seu amor. Jesus não sabe fazer outra coisa senão amar.

Foto ilustrativa: Larissa Carvalho/cancaonova.com

Para Maria não havia barreiras ao amor

Da mesma forma, quando dizemos “Coração de Maria”, entendemos o amor que sempre impulsionou a vida da Mãe de Jesus. Em Maria, o coração é o símbolo de todo seu amor pelo Pai celeste, por Seu Filho, pelo Espírito Santo, por São José, pela Igreja e por todos os seres humanos. Preservada do pecado das origens e cheia da graça divina, Maria foi a pessoa humana com a maior capacidade natural e sobrenatural de amar. Por ser imaculada, nela não havia barreiras ao amor. Cheia de graça, nela havia a força da perfeição da caridade, ou seja, a perfeição do amor.

Podemos intuir, admirar, contemplar e encantar-nos com a profundidade, a perfeição, a dimensão, a gratuidade e a comunicação-comunhão de amor existentes entre os corações de Jesus e de Maria. Incluindo, necessariamente, nessa intuição, o amor afetivo intenso e permanente que foi vivenciado por eles durante sua vida terrena!

Maria é todinha do Coração de Jesus. E Jesus é todinho do Coração de Maria. O lugar principal, ou seja, o altar principal no coração de Maria é ocupado por Jesus. E Maria ocupa, no coração de seu Filho, um lugar imediatamente abaixo do lugar do Pai e do Espírito Santo. Jamais outro Filho com Sua mãe souberam amar-se tão abrangentemente, como o souberam – e sabem – Jesus e Maria.

Dois corações inseparáveis, indivisíveis

O Coração de Jesus escolheu e preparou para si Sua Mãe, a mais perfeita e bela no espírito, no psíquico e no físico. Para entendê-lo, basta dizer que foi preservada do pecado original e cheia de graças divinas, em função de sua maternidade, e pelos méritos futuros de seu próprio Filho. Por sua vez, o Coração de Maria, por ser Mãe sem deficiências, pelo fato de ser imaculada, e por ser perfeita no amor, por ser cheia de graças, amou e ama com amor perfeito e irretocável a seu Filho, acolhendo-O generosamente, entregando-se inteiramente para servi-Lo como Mãe, colaborando de forma perfeita com Ele, em Sua missão salvífica.

Estes dois corações: o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria se tornaram inseparáveis, indivisíveis. Quem penetra no amor desses corações percebe, de imediato, que aquilo que Maria mais quer é que seu Filho seja conhecido, acolhido, correspondido no amor, obedecido e seguido, a fim de que ele possa salvar aos que nele creem; e que aquilo que Jesus muito quer é que sua mãe seja conhecida, acolhida e correspondida em seu amor materno. Prova é que, crucificado, em dores inimagináveis, Jesus não se esqueceu de nos dar em testamento, como herança, Sua própria mãe, para ser também nossa Mãe: “Mulher, eis aí teu filho! Filho eis aí tua mãe!” (cf. Jo 19,25-27)

Sagrado Coração de Jesus, ensinai-nos a ser filhos amorosos de vossa e nossa Mãe! Imaculado Coração de Maria, ensinai-nos a corresponder ao amor de vosso Filho Jesus.

Canção Nova