No final da audiência geral, Francisco expressou sua proximidade às vítimas e a toda a população da Líbia e do Marrocos, ao recordar os desastres sofridos nos últimos dias por esses países, dos quais já havia manifestado seu pesar anteriormente. O Papa reforçou, sobretudo, o pedido de orações pelas duras realidades enfrentadas nessas nações.
A busca por milhares de pessoas desaparecidas na Líbia continua
Ao se recordar da Líbia, o Santo Padre disse que seus pensamentos estão voltados para aquele povo “duramente atingido por violentas chuvas que causaram enchentes e inundações, resultando em inúmeras mortes e ferimentos, além de grandes danos.”
O Papa, ao fazer seu apelo, sublinhou: “convido-os a se unirem a mim em minhas orações por aqueles que perderam suas vidas, por suas famílias e por aqueles que ficaram desabrigados. Que nossa solidariedade com esses irmãos e irmãs, provados por uma calamidade tão devastadora, não falhe.”
Os números do desastre na costa do país ainda seguem imprecisos, com pelo menos 5 mil mortos. A passagem do furacão Daniel e a ruptura das barreiras na cidade de Derna a fizeram praticamente submergir quando o furacão atingiu o país no domingo (10/09). Estima-se que cerca de 10.000 pessoas estejam desaparecidas. Acredita-se que muitas tenham sido levadas pelo mar, e as buscas pelas vítimas são incessantes.
O Pontífice havia dirigido suas palavras ao país norte-africano através de um telegrama, divulgado na terça-feira (12/09), assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e direcionado ao núncio apostólico dom Savio Hon Tai-Fai. No texto, o Papa afirma que recebeu “com profunda tristeza a notícia da imensa perda de vidas humanas e na ocasião, expressou também “uma sincera proximidade espiritual aos feridos, aos que temem pelos seus entes queridos desaparecidos e às equipes de emergência que prestam socorro e assistência”.
No Marrocos, mais de 300 mil pessoas foram afetadas
Francisco se recordou também do terremoto que atingiu o Marrocos: “meus pensamentos se voltam novamente para o nobre povo marroquino que sofreu esses tremores de terra, esses terremotos. Oremos pelo Marrocos, oremos por seus habitantes. Que o Senhor lhes dê forças para superar esse terrível incidente que passou por sua terra”.
O número de mortos pelo terremoto da sexta-feira (08/09) no Marrocos é de aproximadamente 3 mil, e estima-se que cerca de 5,5 mil pessoas foram feridas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 mil pessoas foram afetadas pelo terremoto, definido como o mais mortal no Marrocos desde 1960.
Durante a oração do Angelus no último domingo (10/09), o Papa expressou sua proximidade ao povo do Marrocos: “rezo pelos feridos, por aqueles que perderam a vida – tantos! – e por seus familiares. Agradeço aos socorristas e a todos os que estão trabalhando para aliviar o sofrimento das pessoas; que a ajuda concreta de todos possa apoiar a população neste momento trágico. Estamos próximos ao povo do Marrocos”.
A mente e o coração do Papa estão sempre voltados para a Ucrânia
Em suas palavras finais, o Santo Padre recordou ainda a Ucrânia e pediu novamente orações pela paz e por este martirizado país: “continuemos a orar pela paz no mundo, especialmente na martirizada Ucrânia, cujo sofrimento está sempre presente em nossas mentes e em nossos corações.”