A partir do dia da Ascensão, o próprio Deus, poderíamos dizer, “mudou”: desde então, não é mais apenas espírito, mas, pelo tanto que nos ama, carrega em si a nossa própria carne, a nossa humanidade! Assim, nosso lugar de direito é indicado, nosso destino está lá. Foi o que disse o Papa Francisco no Regina Caeli deste domingo, 21 de maio, VII Domingo do Tempo Pascal, na alocução que precedeu a oração mariana rezada com milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro.
Na alocução que precedeu o Regina Caeli, o Santo Padre ressaltou que celebramos a Ascensão do Senhor, uma festa que conhecemos bem, mas que pode suscitar algumas perguntas, ao menos duas.
A primeira: por que festejar a partida de Jesus da terra? Sua partida parece ser um momento triste, não algo para se alegrar! E uma segunda pergunta: o que Jesus está fazendo no céu agora, por que é importante que esteja lá? Por que festejamos e o que Jesus está fazendo agora: essas são duas perguntas que nos ajudam a entender aquilo que celebramos.
Jesus levou nossa humanidade para o céu
Por que festejamos?
Porque, com a Ascensão, algo novo e belo aconteceu: Jesus levou nossa humanidade para o céu, para Deus. Essa humanidade, que Ele assumiu na terra, não permaneceu aqui, ela ascendeu a Deus e estará lá para sempre.
Francisco citou um antigo Padre na fé: “Esplêndida notícia! Aquele que se fez homem por nós […], para nos fazer seus irmãos, apresenta-se como homem diante do Pai, para levar consigo todos os que estão unidos a ele”.
A intercessão é fundamental
A segunda pergunta, repetiu: o que Jesus está fazendo no céu? Ele está para nós diante do Pai, mostra-Lhe continuamente nossa humanidade, as feridas.
Gosto de pensar que Jesus, diante do Pai, ora assim: fazendo-o ver as feridas. “Isto é o que eu sofri pelos homens: fazei alguma coisa!”. Ele lhe mostra o preço da redenção. O Pai fica comovido. Isso é algo que eu gosto de pensar… mas pensem também vocês, é assim que Jesus ora. Ele.
A intercessão é fundamental. Essa fé também nos ajuda: não perder a esperança, não desanimar. Diante do Pai, há alguém que lhe mostra as feridas e intercede, ressaltou o Pontífice. Francisco concluiu pedindo que a Rainha do Céu nos ajude a interceder com o poder da oração.