Em nossas correrias e canseiras do dia a dia, a nossa mãe Igreja nos ensina uma forma simples e eficiente de contagiar nossa vida com a presença de Deus: as jaculatórias. Jaculatórias são pequenas orações que dirigimos a Deus de forma bem curta. Apesar da simplicidade da proposta, há um efeito poderoso que nasce dessas orações, pois são encarnadas e emergem da vida.
Particularmente, tenho alcançado muitas graças através desses jatos (jaculatória vem do latim jacolum que quer dizer “jato”) de fé e louvor lançados a Deus em meio aos trabalhos, dificuldades e gratidão. Uma que me é muito válida, em especial em tempos difíceis, consiste em repetir: ”Jesus, eu confio em vós”.
Essa simples e poderosa oração foi ensinada pelo próprio Jesus a Santa Faustina Kowalska. Nos escritos dessa santa polonesa, consta o pedido de Jesus para que se instituísse a Festa da Misericórdia, que comemoramos no primeiro domingo após a Páscoa nas Igrejas do mundo inteiro.
“Desejo que a Festa de Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Nesse dia, estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo o mar de graças nas almas que se aproximarem da fonte da minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e dos castigos. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas pelas quais fluem as graças. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da minha Misericórdia. (Diário no.699).
Jesus também pediu a Faustina que mandasse pintar um quadro com a imagem d’Ele que ela estava vendo e escrevesse a frase: “Jesus, eu confio em Vós”. Essa frase é uma síntese da espiritualidade da misericórdia. Jesus quer que confiemos tudo a Ele.
Partilho com você o que tenho experimentado através dessa poderosa jaculatória. Às vezes, somos tomados por alguma situação ou preocupação, nossa alma fica refém de um medo ou dúvida. O nosso querido Padre Jonas nos ensinava que não devemos ser “problemocêntricos”, mas sim colocar Jesus no centro de todas as circunstâncias da nossa vida, tornando-nos assim Cristocêntricos. Pois bem, é justo esse ajuste que essa jaculatória faz. Em meio às tempestades, colocamos Jesus no centro, como Senhor de tudo!
Além disso, a confiança é uma chave poderosa para acessar a presença do divino Espírito Santo em nossos corações. Dessa forma, você passa a ter sua mente e sua vida conduzidas por Nosso Senhor, e daí advém muitas graças. O que mais posso dizer a não ser: VINDE E VEDE! Ou seja, faça a experiência. Como é maravilhoso ter a vida conduzida por Nosso Senhor!
Uma vez , vivíamos um momento difícil na Canção Nova, pois corríamos o risco de perder a concessão do sinal da TV porque ainda não tínhamos a quantia suficiente para pagar o satélite naquele mês. Eu trabalhava na TV, na organização de programas para pedir que o povo nos ajudasse, bem como na prestação de contas.
O tempo para o pagamento já estava terminando, e alguns de nós não conseguiam conter as lágrimas. Padre Jonas chegou com um grande sorriso e me disse: “A vida com Deus é uma grande aventura!”. Quanta fé! Padre Jonas é um homem Cristocêntrico! Mas para você também entrar nessa aventura, não adianta ficar somente na teoria. É preciso abrir-se a essa experiência, deixar seu coração ir inundando todas as situações e a sua vida com essa fórmula ensinada pelo próprio Cristo:
“Jesus, eu confio em Vós”.
Edvânia Duarte Eleutério
Canção Nova
Andressa Collet – Vatican News
O tuíte do Papa Francisco deste início de semana foi extraído de um discurso do próprio Pontífice feito em dezembro de 2022 a uma delegação da ONG francesa “Leaders pour la Paix” (Líderes pela Paz), que se propõe a oferecer sabedoria política a serviço da paz e do interesse geral sobretudo diante de crescentes perigos que ameaçam o equilíbrio da sociedade. Em um momento em que milhares de pessoas são vítimas de conflitos armados, como na própria Ucrânia e no Sudão, Francisco insiste na mediação oriunda de coragem e sem armas.
Naquela oportunidade, Francisco recordou que a experiência da organização francesa ensina que, diante de um conflito do gênero, o primeiro passo a fazer é “calar as armas” para, num segundo momento, pensar em reconstruir o presente e o futuro da convivência, das instituições, das estruturas e dos serviços: “a paz requer formas de reconciliação, valores compartilhados e – o que é indispensável – caminhos de educação e formação”, disse o Pontífice. “Não podemos esquecer”, disse ainda o Papa, “que o sacrifício de vidas humanas, o sofrimento da população, a destruição indiscriminada de estruturas civis e a violação do princípio da humanidade não são ‘efeitos colaterais’ da guerra, são crimes internacionais”.
A violência que tomou conta do Sudão já deixou mais de 400 mortos e cerca de 3.700 feridos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Confrontos entre paramilitares e forças do governo na capital Cartum começaram em 15 de abril e se estenderam para outras regiões do país africano. Mais de 1.000 cidadãos europeus já saíram do Sudão, em operações de evacuação que prosseguem ao mesmo tempo que os combates se prolongam desencadeando uma crise humanitária local: Itália, Alemanha, Espanha e Suécia, por exemplo, já retiraram seus cidadãos com medo da violência que abala a capital.
Uma luta que também obriga a população que fica no país a permanecer fechada em casa, como declara a ACN, a organização Ajuda a Igreja que Sofre. Um país já empobrecido, onde milhões de pessoas vivem sem acesso a serviços básicos. Kinga von Schierstaedt, coordenadora de projetos na África e também responsável pela pasta no Sudão, falou sobre a situação no país: “as ruas estão vazias, como numa cidade fantasma, porque não circulam carros, não se vê ninguém e não se ouve nenhuma voz. As pessoas não podem sair de casa ou, melhor, não se atrevem a fazê-lo”.
A Igreja Católica no Sudão “é muito pequena, pois cerca de 95% da população é muçulmana, mas como não é um conflito ideológico ou religioso, todos os cidadãos são igualmente afetados”, contou ela: “crentes, padres e religiosos não podem sair de suas casas. A missa dominical foi cancelada e os sacerdotes não podem celebrar a missa diária nas igrejas. A vida de fé nas áreas de crise só ocorre nas casas”. E a coordenadora finalizou: