Mariangela Jaguraba – Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira (16/02), no Vaticano, uma delegação da Aliança Bíblica Universal, acompanhada pelo secretário-geral do organismo, rev.do Dirk Gevers, e pelo prefeito do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch.

Francisco iniciou sua saudação com as palavras de São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios: «A graça do Senhor Jesus esteja convosco. Meu amor a todos vós em Cristo Jesus». Disse que “o livro dos Atos dos Apóstolos narra a difusão da Palavra de Deus após o evento pascal. Depois do Pentecostes, com a força da guia do Espírito Santo, os Apóstolos difundem o kerigma, explicam o significado das Escrituras à luz do mistério de Jesus Cristo e advertem contra quem as utiliza com más disposições ou por interesses mesquinhos”.

As vicissitudes da Igreja nascente são semelhantes às de nossos dias. A Palavra é proclamada, ouvida e vivida em circunstâncias favoráveis ​​e desfavoráveis, de diversas formas e com diversas expressões, enfrentando sérias dificuldades e perseguições, num mundo muitas vezes surdo à voz de Deus.

“A Igreja nascente vive da Palavra, a anuncia e, perseguida, foge com ela como única bagagem. Assim, as perseguições se tornam ocasiões para difundir a Palavra, não para esquecê-la”, disse ainda o Papa, recordando “os muitos cristãos que, em nosso tempo, são obrigados a fugir de sua terra. Homens e mulheres que, como os primeiros cristãos, fogem levando consigo a Palavra recebida. Guardam a sua fé como o tesouro que dá sentido às duras, às vezes terríveis circunstâncias que têm de enfrentar: abraçando a cruz de Cristo, veneram a Palavra de Deus que «dura para sempre»”.

Queridos irmãos e irmãs, a “corrida” da Palavra de Deus continua também hoje, e vocês, com sua atividade, se colocam ao seu serviço. A difusão da Bíblia através da publicação de textos em várias línguas e sua distribuição nos vários continentes é um trabalho louvável. Os dados que vocês publicam são significativos. Estou feliz de saber que esta tarefa da Aliança Bíblica se realiza cada vez mais em colaboração com muitos católicos em vários países.

O Papa concluiu, pedindo ao Espírito Santo que sempre guie e sustente o serviço da Aliança Bíblica Universal. “Ele é capaz de revelar as profundezas de Deus, de modo que aqueles que se aproximam do texto sagrado «cheguem à obediência da fé», ao encontro com Deus, por meio de Jesus Cristo”.

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