Andressa Collet – Vatican News
“Agradeço a todos vocês que vêm de diferentes lugares, e lugares distantes, para jogar uma partida: uma partida, sim, mas uma partida pela paz!, isso é importante. Basta pensar que as maiores despesas do mundo hoje são da indústria de armas. Porque sempre se pensa em fazer guerras para destruir. Vocês pegaram o seu tempo para vir e fazer a gratuidade da paz.”
O Papa Francisco começou assim a saudação a um grande grupo recebido na Sala Paulo VI, na tarde desta segunda-feira (14), formado por cerca de 200 jogadores de futebol, familiares e amigos. Entre eles, o brasileiro Ronaldinho, que está em Roma para participar da Partida pela Paz no Estádio Olímpico, promovida pela Fundação Pontifícia Scholas Occurrentes logo em seguida ao encontro com o Pontífice no Vaticano.
A Partida pela Paz
A terceira edição do jogo com várias estrelas do futebol mundial tem como slogan #WePlayForPeace, um apelo urgente pela paz, como pede o Papa Francisco, numa ocasião para também recordar e celebrar Diego Armando Maradona, que tantas vezes participou do evento. Uma participação simbólica caracterizada por “gestos de proximidade, gestos de amizade, gestos da mão estendida, sempre”, disse o Pontífice, ao acrescentar:
“São pequenos gestos, mas são sementes, são sementes de paz, são capazes de mudar o mundo, porque são sementes de paz. Obrigado, obrigado por isso que vocês fazem, pela partida de hoje, obrigado porque vocês dizem: “Queremos paz”, em um mundo que sempre busca guerras e destruição. Obrigado! E obrigado por nos dizer que é mais importante, mais importante uma bola feita com trapos, com a gratuidade do jogo, do que a conquista de um território com guerras; isso não pode. Obrigado pelo testemunho de vocês.”
O Papa quis fazer referência a uma bola feita de trapos e amarrada com corda, um presente do jogador do time da Lazio, Ciro Immobile, como sinal da simplicidade de um esporte como o futebol, que sempre foi um veículo de amizade e fraternidade. E Francisco finalizou o encontro com uma bênção, inclusive ao coração de todos os presentes, desejando “um coração livre, um coração que vá adiante na construção da amizade. O mundo precisa de amizade, de gratuidade”.