Mariangela Jaguraba – Vatican News
O Papa recebeu em audiência, nesta quinta-feira 20/10, na Sala do Consistório, no Vaticano, os Missionários de Mariannhill por ocasião de seu 17° Capítulo Geral.
Francisco recordou que Capítulo Geral dos Missionários de Mariannhill se realiza “após a celebração dos primeiros cem anos de vida da Congregação e busca continuar, em meio aos desafios atuais, o zelo pela evangelização que inspirou o abade Franz Pfanner e seus companheiros trapistas a estabelecer as bases para seu apostolado”.
Vida e futuro da Igreja
O tema do Capítulo, “Solidariedade: chamados a ter um só espírito e um único objetivo”, “é atual à luz do caminho sinodal mais amplo empreendido nos últimos meses por toda a Igreja, em preparação à Assembleia do Sínodo dos Bispos do próximo ano”, disse o Papa, acrescentando:
Este caminho eclesial pretende promover a comunhão, a participação e o compromisso missionário de todos os batizados, através de um processo de discernimento espiritual centrado no encontro, na escuta e na reflexão, a fim de alcançar uma abertura cada vez maior à novidade do Espírito e suas sugestões. Um elemento essencial do caminho sinodal é o desenvolvimento de um maior senso de corresponsabilidade dos fiéis leigos pela vida e futuro da Igreja.
A história dos Missionários de Mariannhill “mostra que, desde o início, a pregação do Evangelho foi acompanhada pelo compromisso de incentivar as vocações autóctones, promover o desenvolvimento humano integral dentro das comunidades locais e desenvolver um espírito de responsabilidade partilhada para o bem comum”.
À medida que perseveram em seus esforços para levar adiante essa unidade e solidariedade a serviço do Evangelho, os encorajo a cultivar uma constante conversão pastoral, que possa encontrar expressão em toda dimensão da vida e da atividade de sua Congregação, desde a formação sacerdotal e espiritual dos leigos até o planejamento concreto de projetos apostólicos. Se a sinodalidade à qual a Igreja é chamada em nosso tempo exige caminhar juntos e escutar juntos, certamente a primeira voz que devemos ouvir é a do Espírito Santo.
A seguir, o Pontífice falou sobre a necessidade da “água do Espírito Santo”, “não só para fazer o trabalho de nossas mãos florescer, mas sobretudo para amaciar o terreno duro de nossos corações”. Assegurou suas orações a fim de que, “através de uma nova efusão do Espírito “, o Capítulo Geral dos Missionários de Mariannhill possa “dar abundantes frutos espirituais para o crescimento” da congregação “na santidade e no serviço fiel ao Evangelho “.
Francisco desejou aos missionários a “maciez da caridade, nada de corações endurecidos, nenhum fechamento, mas caridade próxima e a palavra suave que o Espírito inspira quando trabalha num coração”, e também “a mansidão bonita”. “Desejo-lhes isso”, concluiu.
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