Jane Nogara – Vatican News
Na manhã desta segunda-feira (03) o Papa Francisco recebeu os Missionários Oblatos de Maria Imaculada por ocasião do seu Capítulo Geral. Em seu discurso o Papa os descreveu como “uma Família religiosa dedicada à evangelização”, e que este encontro serve “para discernir juntos o futuro da sua missão na Igreja e no mundo”. Ao falar sobre o tema do Capítulo disse: “Vocês escolheram um tema desafiador para este Capítulo, muito semelhante ao escolhido para o próximo Jubileu da Igreja: ‘Peregrinos da esperança em comunhão’. É um tema que resume sua identidade nos caminhos do mundo, no qual, como discípulos de Jesus e seguidores de seu fundador São Eugênio de Mazenod, vocês são chamados a levar o Evangelho da esperança, da alegria e da paz”.
Peregrinos e viandantes
Recordando que na Congregação se consideram “Peregrinos e viandantes, sempre prontos para partir, como Jesus com seus discípulos no Evangelho”, disse: “Como Congregação missionária, vocês estão ao serviço da Igreja em 70 países em todo o mundo. A esta Igreja, que o Fundador lhes ensinou a amar como uma mãe, vocês oferecem seu zelo missionário e sua vida, participando de seu êxodo rumo às periferias do mundo amada por Deus, e vivendo um carisma que lhes conduz para os mais afastados, os mais pobres, aqueles que ninguém se aproxima”.
“Ao percorrer este caminho com amor e fidelidade, vocês, queridos irmãos, prestam um grande serviço à Igreja”
Missionários da esperança
Em seguida o Papa falou sobre o tema da esperança ao qual já foi dedicado um dos precedentes Capítulos Gerais. “Ser missionários da esperança significa saber ler os sinais da sua presença oculta na vida diária das pessoas” e “aprender a reconhecer a esperança entre os pobres”, continuou o Pontífice, “aos quais vocês foram enviados, e que muitas vezes os encontram em situações muito difíceis”. Aconselhando em seguida:
“Deixem-se evangelizar pelos pobres a quem vocês evangelizam: eles lhes ensinam o caminho da esperança, para a Igreja e para o mundo”
Esperança em comunhão
“Além disso”, afirmou Francisco, “vocês querem ser testemunhas da esperança em comunhão. Hoje a comunhão é um desafio do qual pode depender o futuro do mundo, da Igreja e da vida consagrada. Para sermos missionários da comunhão, devemos primeiro vivê-la entre nós, em nossas comunidades e em nossas relações uns com os outros, e depois cultivá-la com todos, sem exceção”.
Casa Comum
Neste seu Capítulo, disse Francisco, “frequentemente vocês evocam seu compromisso com a Casa Comum, tentando traduzi-lo em decisões e ações concretas. Encorajo a continuar trabalhando nesta direção. Nossa mãe terra nos nutre sem pedir nada em troca; cabe a nós entender que ela não pode continuar a fazer isso se não cuidarmos dela também. Estes são todos os aspectos da conversão para a qual o Senhor nos chama continuamente”.
“Voltar ao Pai comum, voltar às fontes, voltar ao primeiro amor que levou vocês a deixar tudo para seguir Jesus: esta é a alma da consagração e da missão!”
Por fim o Santo Padre concluiu encorajando: “Que o carisma que transmitido pelo seu Fundador e sua visão missionária sejam e permaneçam pontos de referência para sua vida e sua obra; para que permaneçam enraizados na sua vocação missionária, sobretudo vivendo o testamento do Fundador, no amor recíproco e no zelo pela salvação das almas. É o coração da sua missão e o segredo da sua vida, e por isso a Igreja ainda precisa de vocês.