Andressa Collet – Vatican News

A nova sede do Celam, o Conselho Episcopal da América Latina e Caribe, foi inaugurada oficialmente nesta terça-feira (12) em Bogotá, na Colômbia. O Papa Francisco, em mensagem dirigida a dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, arcebispo de Trujillo e presidente do organismo da Igreja católica fundado há mais de 65 anos por Pio XII, concedeu a sua bênção para o novo espaço, desejando que a sua saudação fosse transmitida aos bispos do Celam, assim como aos sacerdotes, religiosos, colaboradores leigos e a todos participaram do evento.

Em carta escrita em espanhol, o Papa também agradeceu à presidência do organismo por ter sido informado sobre as novidades do Celam, no caso, a inauguração da nova sede. O Pontífice convidou, inclusive, “a dar graças a Deus pela conclusão bem sucedida desta obra material que pode ser de ajuda para levar adiante projetos de evangelização e de formação pastoral em apoio às Conferências Episcopais”. E Francisco acrescentou:

“Como uma comunidade de discípulos edificada ‘sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular’ (Ef 2,20), sentimos a necessidade perene de suplicar ao Senhor Ressuscitado que impulsione e fortaleça nossa missão eclesial com a força do seu Espírito Santo, para estar prontos para discernir os sinais dos tempos e para responder, a partir da perspectiva da fé, da esperança e da caridade, às necessidades do Povo Santo e fiel de Deus.”

Atenção às 3 idolatrias que ameaçam a missão

A inauguração das novas instalações do organismo faz parte do novo processo de renovação e reestruturação iniciado em 2019, como explicou dom Cabrejos Vidarte em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (12). Já o Padre Adolfo Vera, administrador da nova sede, compartilhou a alegria de colocar “a serviço das conferências episcopais da América Latina o edifício da nova sede, que está sob gestão desde as presidências anteriores”. O Papa, assim, enfatizou a importância de usar as instalações com um único fim:

“Não esqueçamos que nossas estruturas materiais só têm sentido quando estão destinadas ao serviço, sobretudo, das nossas irmãs e irmãos que vivem nas periferias mais extremas da vida. E lembrem-se de estar atentos às três idolatrias que sempre ameaçam a marcha do Povo fiel de Deus: a mediocridade espiritual, o pragmatismo dos números e o funcionalismo que nos leva a ser mais entusiastas pelo plano de rota que pela rota.”

Vatican News

Percorrer o caminho do diálogo e testemunhar a oração do Senhor para que todos sejam um  (©khanchit – stock.adobe.com)

A mensagem do Papa à Comissão para o Diálogo Católico-Pentecostal, reunida em Roma de 8 a 14 de julho de 2022 em sessão plenária, no Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, começa com um agradecimento, visto ter sido um trabalho realizado nos últimos 50 anos com diálogo e reflexão, e que levou a um caminho comum de “amizade, solidariedade e compreensão recíproca entre católicos e pentecostais”.

“Espero – escreve o Papa – que este importante aniversário fortaleça esses vínculos e renove o seu zelo em anunciar, como discípulos missionários, a alegria do Evangelho na comunidade eclesial e em toda a sociedade”.

Percorrendo este caminho e “testemunhando a oração do Senhor para que todos sejam um”, será possível “ajudar nossos irmãos e irmãs a experimentar em seus corações e em suas vidas o poder transformador do amor, da misericórdia e da graça de Deus.

Comissão para o Diálogo Internacional católico-pentecostal

A mensagem – publicada no site do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos – recorda que o diálogo entre as partes começou em 1972 com o objetivo de promover o conhecimento recíproco e superar preconceitos entre católicos e pentecostais. Até 1996, era o único diálogo teológico internacional realizado por representantes pentecostais com outra comunhão cristã.

Um dos pioneiros do diálogo foi o pastor David du Plessis, que participou da terceira sessão do Concílio Vaticano II como convidado do então Secretariado para a Unidade dos Cristãos.

Até agora, foram publicados seis relatórios conjuntos sobre diferentes temas. O tema da atual fase de diálogo é “Lex orandi, lex credendi”.

Vatican News

Na Missa de 4 de setembro, presidida pelo Papa Francisco, a petição será lida pelo bispo de Belluno-Feltre Marangoni, pelo postulador cardeal Stella e pela vice-postuladora Falasca. A vigília de sábado, 3, na Basílica de São João de Latrão, será presidida pelo cardeal vigário De Donatis, enquanto a Missa de Ação de Graças será no dia 11 de setembro em Canale d’Agordo, cidade natal de João Paulo I.

Alessandro Di Bussolo – Cidade do Vaticano

Faltam pouco mais de 50 dias para a beatificação de João Paulo I, marcada para domingo, 4 de setembro, na Praça de São Pedro, às 10h30 (horário italiano), e presidida pelo Papa Francisco. O escritório da postulação da causa comunica algumas informações importantes sobre os três principais compromissos agendados naqueles dias em Roma e em Canale d’Agordo, terra natal de Albino Luciani.

Missa de beatificação de 4 de setembro na Praça de São Pedro

Na Missa com o rito de beatificação, a petição será lida pelo bispo da Diocese de Belluno-Feltre, Dom Renato Marangoni, enquanto excepcionalmente sede da causa de canonização do venerável Papa Albino Luciani, juntamente com o postulador de a causa, cardeal Beniamino Stella e a vice-postuladora Stefania Falasca.

Durante a beatificação, a Postulação doará ao Pontífice um relicário com uma relíquia do novo beato. Para participar da celebração, os ingressos gratuitos devem ser solicitados à Prefeitura da Casa Pontifícia, enquanto todos os bispos e sacerdotes que desejarem concelebrar, e diáconos participar, devem se inscrever diretamente no site: biglietti.liturgiepontificie.va.

A Vigília em São João de Latrão em 3 de setembro

Na noite anterior, sábado, 3 de setembro de 2022, às 18h30, será realizada a Vigília de Oração na Basílica de São João de Latrão, presidida pelo cardeal Angelo De Donatis, vigário geral de Sua Santidade para a Diocese de Roma. Na Basílica, que custodia a Cátedra do Bispo de Roma, João Paulo I tomou posse em 23 de setembro de 1978. O momento de oração será animado por cantos e leituras de trechos de seu magistério. Os ingressos não serão obrigatórios para a participação, sendo a entrada gratuita.

Missa de Ação de Graças em 11 de setembro em Canale d’Agordo

A Missa de Ação de Graças pela beatificação de João Paulo I será celebrada no domingo, 11 de setembro de 2022, na Diocese de Belluno-Feltre. Será às 16h00 na praça de Canale d’Agordo, local de nascimento do novo beato, com a participação dos bispos e comunidades das três sedes episcopais em que o novo beato exerceu seu ministério sacerdotal e episcopal: o patriarcado de Veneza, liderado por Dom Francesco Moraglia, a Diocese de Belluno-Feltre, com Dom Renato Marangoni e a Diocese de Vittorio Veneto, com o bispo Corrado Pizziolo. A Missa será presidida pelo patriarca Francesco Moraglia, metropolita da Província Eclesiástica de Veneza. Para informações sobre o evento, a referência é o site da diocese: chiesabellunofeltre.it

A menina que recebeu o milagre, sua mãe e padre Dabusti na Sala de Imprensa

Nos dias que antecedem a beatificação, será realizada uma coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé, organizada pela Postulação, que também contará com a presença da menina argentina milagrosamente curada em 2011, graças à intercessão do venerável João Paulo I, Candela Giarda, a mãe Roxana Sousa e o padre José Dabusti, pároco da igreja próxima ao hospital de Buenos Aires onde Candela estava sendo tratada e que sugeriu invocar João Paulo I.

Falasca: a importância da coleta das fontes sobre o futuro beato

A causa de canonização foi aberta em 2003, vinte e cinco anos após sua morte, em sua Diocese natal de Belluno-Feltre, e foi concluída em 9 de outubro de 2017 com o decreto sobre as virtudes, sancionado pelo Papa Francisco.

“A abertura da Causa – sublinha a vice-postuladora Stefania Falasca, vice-presidente da Fundação vaticana João Paulo I – permitiu também um trabalho fundamental que nunca havia sido realizado precedentemente e que nos permite falar com conhecimento de Luciani: a aquisição das fontes. Um trabalho de pesquisa, de tutela patrimonial, de estudo da sua obra e do magistério que hoje é realizado pela nossa Fundação”.

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