Vatican News
O Santo Padre enviou uma mensagem em vídeo, neste sábado (02/7), aos povos da República Democrática do Congo e da República do Sudão do Sul, países que deveria visitar, a partir de hoje. Na impossibilidade de viajar, disse:
“Como sabem, hoje, eu deveria ter ido em peregrinação de paz e reconciliação às suas terras. Só Deus sabe quanto sinto por ser obrigado a adiar esta visita tão desejada e esperada. Mas, não devemos perder a confiança, pelo contrário, continuemos a manter a esperança de nos encontrarmos em breve, o mais rápido possível”
Não podendo estar presente entre os povos da África, o Papa diz que, sobretudo nestas semanas, vai levar todos em seu coração, sobretudo na oração, tendo em mente os sofrimentos pelos quais passam, há tanto tempo.
Falando da República Democrática do Congo, Francisco recorda a exploração, violência e insegurança, sobretudo no leste do país, onde continuam os conflitos armados, causando inúmeros e dramáticos sofrimentos, agravados pela indiferença e conveniência de muitos.
Depois, referindo-se ao Sudão do Sul, o Papa pensa no grito do seu povo pela paz, que, exausto pela violência e a pobreza, espera passos concretos no processo de reconciliação nacional, para o qual pretende contribuir, não sozinho, mas em peregrinação ecumênica, com dois queridos irmãos: o Arcebispo de Cantuária e o Moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia.
Por isso, o Santo Padre quis expressar sua solidariedade aos amigos congoleses e sul-sudaneses, ciente de que as palavras, neste momento, não são suficientes para manifestar seus sentimentos. E exortou:
“Queria dizer-lhes: não deixem que lhes roubem a esperança! Não deixem! Vocês são muito queridos por mim, mas muito mais preciosos e amados aos olhos de Deus, que jamais decepciona quem nele confia! Todos vocês têm uma grande missão, começando pelos líderes políticos: virar página para empreender novos caminhos de reconciliação, perdão, convivência e desenvolvimento pacíficos”
Esta missão, explicou Francisco, deve ser assumida por todos, olhando juntos ao futuro, aos tantos jovens que vivem nestas terras viçosas e feridas, que possam ser preenchidas de luz e de esperança; eles sonham dias de paz e merecem ver seus sonhos realizados. Por isso, por eles, em particular, é preciso depor as armas, vencer rancores, escrever novas páginas de fraternidade. Por fim, o Papa acrescentou:
“Gostaria de dizer-lhes mais uma coisa: as lágrimas que vocês derramam na terra e as orações que vocês elevam ao Céu não são inúteis. A consolação de Deus virá porque seus ‘planos são de paz e não de desventura’. Desde já, à espera de encontrá-los em breve, peço que a sua Paz desça aos seus corações”
Enfim, na esperança de poder encontrar, pessoalmente, os povos e as animadas comunidades cristãs, abraçar todos e abençoar as terras do Congo e Sudão do Sul, Francisco promete intensificar as suas orações por todos!
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