O Papa deixou o Vaticano na tarde desta quinta-feira e foi à Pontifícia Universidade Urbaniana participar do lançamento do Movimento Educativo Internacional Scholas Occurrentes.
Francisco participou de inúmeras iniciativas de Scholas, já que foi um dos seus promotores quando o Movimento nasceu em Buenos Aires na época em que era arcebispo da capital argentina. Mas o evento desta quinta foi o primeiro desde a aprovação oficial da nova forma jurídica da Fundação Pontifícia. Entre músicas, testemunhos e ilustres presenças, participaram jovens de países como Portugal, Itália e da América Latina, entre eles o Brasil
Além de celebrar a nova constituição jurídica de Scholas, o Papa participou da aula inaugural da Escola “Laudato si’”, sempre promovida pelo Movimento. Sentado entre os estudantes estava o líder do grupo musical U2, Bono, que ressaltou dois aspectos essenciais para a transformação do mundo de hoje: inclusão e educação de mulheres e meninas.
Quando se falou de “superpoderes” femininos, Francisco brincou dizendo que se diz “Mãe Terra” e não “Pai Terra”. “Está tudo muito claro. Ademais, desde aquela tarde da maçã, elas mandam.”
Outra pregunta foi sobre como Scholas pode levar ao mundo a Laudato si’. Para o Pontífice, faltam “poesia e coragem” para concretizar os ideais contidos na Encíclica.
“E a poesia e a coragem não se aprendem nos livros”, recordou o Papa, mas com a contemplação da natureza e com a luta. “A mulher tem essa vocação de dar a vida e levá-la adiante e Scholas organizada tem a mesma vocação.”
Mais uma vez, citou uma música do rei Roberto Carlos para afirmar que defender a natureza é defender a poesia da criação e a harmonia.
“E as mulheres sabem mais de harmonia do que nós, os homens. E Scholas organizada assim, com esta fraternidade entre vocês, tem essa capacidade de criar poesia e de transformar. Que não seja demasiado tarde.”
Um momento especial foi o lançamento da III edição do jogo de futebol inter-religioso pela paz (We Play For Peace), a ser realizado no Estádio Olímpico de Roma em 10 de outubro próximo.
Os jogadores Ronaldinho, Dani Alves e Maxi Rodríguez levaram ao Papa uma camiseta do jogo, uma bola, que foi autografada pelo Pontífice, e uma oliveira para ser abençoada.
Este momento foi acompanhado de um vídeo com a participação de outros atletas do futebol profissional, como Leonel Messi, Luis Suarez, Buffon, Mourinho e Di Maria. Foi recordada a atividade de Diego Maradona neste projeto, que participou das duas edições precedentes como principal promotor da iniciativa e capitão do Time “Scholas”.
Vatican News