Com uma vigília na Praça São Pedro, o Papa Francisco encerrou uma peregrinação de jovens das dioceses italianas, organizada pela Pastoral Juvenil da Conferência Episcopal Italiana.
O entusiasmo, porém, não fez esquecer “as densas nuvens que obscurecem o nosso tempo”, “aquela escuridão que assusta a todos”, a “terrível guerra” da qual “muitos de seus pares” estão pagando o preço mais alto” e cuja própria existência está comprometida, disse o Papa.
Na Praça São Pedro e adjacências estiveram com Francisco cerca de 60.000 pessoas de todas as regiões da Itália, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos. Quando o Papa tomou a palavra para a sua reflexão, já tinha ouvido as experiências de Samuel, Alice, Sofia e Matteo, a história de suas “escuridões” vividas por causa de um luto, uma doença, por causa do “pouco desejo de viver”, e depois transformadas em luz.
Acontece a todos nós, salienta o Papa, “tocar as nossas fragilidades com as nossas próprias mãos e sentir medo, desamparados, despojados, sozinhos. “A escuridão assusta a todos”, mas o importante é não ter medo, colocar as coisas às claras. A escuridão nos coloca em crise, disse ainda Francisco, mas o problema é como administrar a crise, não se pode fechar em si mesmo, mas sempre procurar ajuda.
Os jovens não têm a experiência dos grandes, mas em compensação têm “faro”. “Vocês têm fato: não o percam! O faro de dizer “isto é verdade, isto não, isto não está certo”, o faro para encontrar o Senhor. O faro da Verdade. Eu faço votos que tenham o faro de João, mas também a coragem de Pedro.”
O faro, acrescentou o Papa, leva à generosidade: “Não tenham medo da vida, por favor! Tenham medo da morte, da morte da alma, da morte do futuro, do fechamento do coração. Disto vocês devem ter medo. Mas da vida não, a vida é bela. A vida é para ser vivida e para doá-la aos outros, a vida deve ser compartilhada com os outros, não para fechá-la, fechá-la em si mesma.”
Enfim, a mensagem de Francisco aos jovens é para que sejam corajosos, para se lançarem na vida sem medo. As crianças, quando têm medo, chamam pela mãe. Também nós, disse o Papa, temos a nossa Mãe, que ficou grávida quase com a mesma idade dos jovens presentes na Praça. Que Ela os ajude a dizer”: “Eis-me!”, e a não ter medo. Coragem e avante!
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