A preocupação do Papa é que o Jubileu de 2025 seja preparado da melhor maneira possível. É a afirmação do presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, que relatou em uma entrevista para um canal de televisão italiano sua audiência com Francisco no dia 3 de janeiro passado, durante a qual o lema do Ano Santo foi aprovado. Um lema, observou Dom Fisichella, que “pode ser resumido em duas palavras”: “Peregrinos de esperança”.
Uma máquina eficiente
Como todo lema, também neste caso, o sentido de todo o percurso jubilar começa com os termos escolhidos para condensá-lo. Termos que destacam um tema chave do pontificado de Francisco. “Há muito trabalho a ser feito” nestes dois anos, disse o chefe do dicastério que terá responsabilidade de organização. A necessidade, sublinhou, é ter um “sólido impacto preparatório” e criar uma máquina organizadora eficiente. “Para ativá-la completamente aguardo novas indicações do Papa”, disse Dom Fisichella, embora na verdade o trabalho já tenha começado. Uma das prioridades diz respeito ao acolhimento dos peregrinos e dos fiéis. Para o Ano Santo são esperados em Roma muitos peregrinos, na esperança de que nos próximos dois anos a emergência sanitária não afete mais as atividades como acontece hoje. O prelado confirmou que “os contatos com a Prefeitura de Roma, a Região Lácio e o governo italiano estão em andamento para que tudo possa se realizar com total segurança e de acordo com a capacidade de acolhida que a cidade sempre garantiu”.
A exposição “100 presépios no Vaticano”, uma obra de evangelização
O presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização comentou também com grande satisfação os resultados obtidos pela exposição “100 presépios no Vaticano”, realizada sob a Colunas de Bernini, na Praça São Pedro, até 9 de janeiro. Segundo o prelado, foi “uma grande obra de evangelização”, que também foi confirmado pelo número de visitantes certificados: “190.416 entradas no total”. Uma participação muito elevada que confirma a atenção do povo para aquele “sinal admirável”, como o Papa o definiu em sua carta apostólica de 2019.
“Muitas crianças, jovens e famílias vieram à Praça São Pedro para admirar as obras expostas”, disse Dom Fisichella, “e ao fazê-lo confirmaram que a tradição inaugurada por São Francisco em Greccio em 1223 ainda está viva e representativa de nossas origens, nossa identidade e nossa cultura”. “O presépio”, concluiu o prelado, “representa uma riqueza de tradições das quais não podemos renunciar”.