Após a oração mariana do Angelus ao meio-dia desta quinta-feira, 6 de janeiro, solenidade da Epifania do Senhor e Dia da infância Missionária, o Papa Francisco saudou os irmãos e irmãs das Igrejas Orientais, que seguem o calendário juliano e que nesta sexta-feira, 7 de janeiro, celebram o Natal.
Hoje, dirijo meu pensamento aos irmãos e irmãs das Igrejas Orientais, tanto católicas quanto ortodoxas, que amanhã celebram o Natal do Senhor. A eles apresento com afeto meus melhores votos de paz e de todo bem: que Cristo, nascido da Virgem Maria, ilumine suas famílias e suas comunidades!
Em seguida, o Pontífice ressaltou que a Epifania é de maneira especial a festa da infância missionária, ou seja, daquelas crianças e jovens – são tantos, em vários países do mundo – que se comprometem a rezar e a oferecer suas economias para que o Evangelho seja proclamado àqueles que não o conhecem. Quero dizer-lhes: “Obrigado, meninos e meninas: obrigado!”, e lembrar-lhes que a missão começa com o testemunho cristão na vida cotidiana, ressaltou o Santo Padre.
E a este respeito, encorajo as iniciativas de evangelização que se inspiram nas tradições da Epifania e que, na situação atual, utilizam vários meios de comunicação. Recordo em particular o evento “Procissão dos Reis Magos”, que ocorre na Polônia.
Francisco despediu-se dos fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro desejando a todos uma boa festa da Epifania do Senhor, e pedindo – como faz habitualmente – que não se esqueçam de rezar por ele.
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No Angelus da Solenidade da Epifania (06/01) o Papa convidou-nos a contemplar o episódio dos Reis Magos. “São guiados pelo sinal prodigioso de uma estrela e quando finalmente chegam ao seu destino, em vez de encontrar algo grandioso, veem uma criança com sua mãe”. Eles poderiam ter protestado: ‘Todo este caminho e todos estes sacrifícios para estar diante de uma criança pobre?’ No entanto eles não se escandalizam, não ficam decepcionados. Não reclamam, mas se prostram “Se prostraram e o adoraram” diz o Evangelho.
Francisco recordou que é um gesto humilde, mas os Magos “se prostram diante da lógica sem precedentes de Deus, eles acolhem o Senhor não como o imaginavam, mas como ele é, pequeno e pobre. A prostração deles é o sinal daqueles que colocam de lado suas próprias ideias e dão espaço a Deus”.
“Entendamos esta indicação: a adoração vai acompanhada com a prostração. Ao realizar este gesto, os Magos mostram que acolhem com humildade Aquele que se apresenta na humildade. E é assim que se abrem à adoração de Deus. Os escrínios que abrem são uma imagem de seu coração aberto: a verdadeira riqueza deles não consiste em fama e sucesso, mas em humildade, em seu considerar-se necessitados da salvação”.
E o Papa afirma ainda:
“Olhando para eles, hoje nos perguntamos: como está minha humildade? Estou convencido de que o orgulho está impedindo meu progresso espiritual? Será que sei colocar de lado meu próprio ponto de vista para abraçar o de Deus e dos outros? E, por fim: eu rezo e adoro somente quando preciso de algo, ou faço isso constantemente porque acredito que sempre preciso de Jesus?”
Que a Virgem Maria, serva do Senhor, nos ensine a redescobrir a necessidade vital da humildade e o gosto vivo da adoração, conclui Francisco.
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