Quando pensamos no novo de Deus para nossa vida, imaginamos e desejamos coisas maravilhosas, pois essa é umas das promessas d’Ele para nós: festa, veste novas, anel, sandália aos pés. Mas, muitas vezes, esquecemos que, para este novo, de fato, chegar, precisamos entrar no mar, enfrentar a água fria e suportar as ondas. Não sei quais são as “ondas” que você tem enfrentado ou se esquivado de enfrentar, mas quero lhe dizer que para poder ver a beleza que tem dentro do mar, receber o novo de Deus, você precisará dar passos, enfrentar seus medos e limites. O novo de Deus está aí, só falta buscá-lo.

Muitas vezes, as coisas não acontecem ou não andam como gostaríamos, daí a atitude, o primeiro sentimento que vem é de nos desesperançarmos, de realmente perdemos a esperança. Essa é a coisa que menos precisamos diante dessa situação.

Creia em Deus

Mesmo que tudo pareça contrário, que vai desabar, sair dos trilhos, precisamos cultivar um olhar de esperança, acreditar que tudo vai passar, que tudo vai ficar bem, e rezar para que o Senhor coloque tudo no lugar.

Devemos rezar e acreditar que o Pai dos Céus nos ouve e fará sempre o melhor para nós.

Precisamos rezar com fé e crer que, verdadeiramente, é só uma tempestade, e que ela logo acalma e tudo fica bem. Não é uma falsa esperança ou um conformismo. Não! Isso é acreditar no poder da oração.

Canção Nova

Irmãos e irmãs, tenho uma pergunta bastante provocativa: “O que a família significa para você?”. Embora cada pessoa tenha a sua resposta específica, é possível cogitar que uns responderão que a família é um local em que se encontra segurança, um porto seguro. Outros responderão que nela é possível viver mais livremente. Outros, ainda, vão dizer que a família é um lugar de confiança mútua. O mais interessante é que essas respostas vão aparecer mesmo que, aquele que responde, tenha a consciência plena de que sua família não é a mais perfeita do mundo.

Quando o nosso Salvador, Jesus Cristo, veio ao mundo, Ele não chegou de qualquer maneira. Quis Deus que seu Filho Unigênito nascesse em uma família, ou seja, Ele quis que a redenção do mundo iniciasse no bojo de um lar. Isso demonstra o quanto a família é importante para Deus.

Encontre o caminho de volta para sua família

Aquela passagem bíblica que narra a preocupação de José e da Virgem Maria após descobrirem que Jesus não estava retornando para casa com eles, após passarem o período da Pascoa em Jerusalém, demonstra o quanto aquele casal santíssimo primava por sua família. Preocupados com o desaparecimento de seu filho, eles tomaram o caminho de volta para a capital de Israel e encontraram Jesus no templo em meio àqueles homens doutos.

Essa passagem nos dá uma importante lição: se existe algum membro da nossa família que, por algum motivo, a dinâmica da vida nos fez ficar distantes, precisamos fazer o caminho de volta, assim como fez José e Maria. Essa passagem bíblica está nos dizendo com todas as letras que chegou o momento de refazermos o caminho de volta e diminuir a distância entre nós e aqueles a quem nos afastamos, seja qual for o motivo. A Família de Nazaré está nos mostrando que o retorno é sempre possível, ainda que custe.

No fundo, não foi Maria ou José que encontraram Jesus, mas foi o próprio Jesus quem se deixou ser encontrado por eles, afinal, Jesus nunca se perde, somos nós quem nos perdemos d’Ele. Porém, quando fazemos o esforço para encontrar Jesus, Ele deixa ser encontrado por nós. Isto pode até ser considerado como um principio eterno: por amor, Deus permite ser encontrado por cada um de nós. Neste sentido, a nossa família, do jeitinho em que ela se encontra, é um lugar sempre propício para encontrarmos Jesus, ou melhor, sermos encontrados por Ele.

Seja membro da família de Nazaré

A família cristã deve ser a imitação da Família de Nazaré, quer dizer, um lugar onde Deus caiba plenamente e onde Ele é tratado com carinho e respeito. Na nossa família, o desamor, a disputa e a competição mundana deveriam passar bem longe. Nas nossas famílias, aliás, a única disputa que deveria acontecer é a disputa do amor, da caridade.

A Família de Nazaré, portanto, é a nossa escola do Evangelho. Deveríamos olhar para ela com olhos de contemplação, ruminar tudo o que nela se vive, escutá-la com a máxima atenção e penetrar sem medo nos seus mistérios. Precisamos ser tão íntimos da família de Nazaré a ponto de nos sentirmos parte dela. Se alguém nos perguntasse quem são os integrantes da Família de Nazaré, deveríamos responder: Jesus, Maria, José e eu.

Peçamos a Deus a graça de imitar com perfeição a família de Nazaré, de modo que a nossa família se transforme numa escola de virtudes e num lugar habitual de encontro com Deus.

Deus abençoe você! E até a próxima!

Canção Nova

A seguir, as intenções de oração do Santo Padre confiadas à sua Rede Mundial de Oração para o Ano 2022:

JANEIRO

Educar para a fraternidade

Rezemos para que todas as pessoas que sofrem discriminações e perseguições religiosas encontrem nas sociedades onde vivem o reconhecimento dos próprios direitos e da dignidade que nasce de ser irmãos.

FEVEREIRO

Pelas religiosas e consagradas

Rezemos pelas religiosas e consagradas, agradecendo-lhes a sua missão e a sua coragem, para que continuem a encontrar novas respostas diante dos desafios do nosso tempo.

MARÇO

Pela resposta cristã aos desafios da bioética

Rezemos para que nós, cristãos, diante dos novos desafios da bioética, promovamos sempre a defesa da vida com a oração e a ação social.

ABRIL

Pelo pessoal de saúde

Rezemos para que o compromisso do pessoal de saúde na assistência às pessoas doentes e aos idosos, sobretudo nos países pobres, seja apoiado pelos governos e pelas comunidades locais.

MAIO

Pela fé dos jovens

Rezemos para que os jovens, chamados a uma vida em plenitude, descubram em Maria o estilo da escuta, a profundidade do discernimento, a coragem da fé e a dedicação ao serviço.

JUNHO

Pelas famílias

Rezemos pelas famílias cristãs de todo o mundo, para que com gestos concretos vivam a gratuidade do amor e a santidade na vida quotidiana.

JULHO

Pelos idosos

Rezemos pelos idosos, que representam as raízes e a memória de um povo, para que a sua experiência e a sua sabedoria ajudem os mais jovens a olhar o futuro com esperança e responsabilidade.

AGOSTO

Pelos pequenos e médios empreendedores

Rezemos para que os pequenos e médios empreendedores, atingidos fortemente pela crise econômica e social, encontrem os meios necessários para prosseguir com a própria atividade, ao serviço das comunidades onde vivem.

SETEMBRO

Pela abolição da pena de morte

Rezemos para que a pena de morte, que atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa, seja abolida nas leis de todos os países do mundo.

OUTUBRO

Por uma Igreja aberta a todos

Rezemos para que a Igreja, fiel ao Evangelho e corajosa no anúncio, seja um lugar de solidariedade, de fraternidade e de acolhimento, vivendo cada vez mais a sinodalidade.

NOVEMBRO

Pelas crianças que sofrem

Rezemos para que as crianças que sofrem – as que vivem na rua, as vítimas das guerras, os órfãos – possam ter acesso à educação e possam redescobrir o afeto de uma família.

DEZEMBRO

Pelas organizações de voluntariado

Rezemos para que as organizações de voluntariado e promoção humana encontrem pessoas desejosas de empenhar-se pelo bem comum e procurem caminhos sempre novos de colaboração a nível internacional.

Vatican News

Nesta terça-feira, 4 de janeiro, foi divulgada a Mensagem do Papa Francisco para o XXX Dia Mundial do Enfermo que será celebrado em 11 de fevereiro de 2022. Neste ano o tema é do Evangelho de Lucas: “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”, com o subtítulo “Colocar-se ao lado de quem sofre num caminho de caridade”.

No início o Papa agradece “ao Senhor o caminho feito durante estes anos nas Igrejas particulares de todo o mundo” e explica: “O XXX Dia Mundial do Enfermo, por causa da pandemia, a sua celebração culminante não poderá ter lugar em Arequipa, no Perú, mas vai realizar-se na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e pede que esta celebração “nos ajude a crescer na proximidade e no serviço às pessoas enfermas e às suas famílias”. A mensagem de Francisco está dividia em cinco pontos.

1. Misericordiosos como o Pai

Depois de citar o tema deste trigésimo Dia Mundial, “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso O Papa disse:

“A misericórdia é, por excelência, o nome de Deus, que expressa a sua natureza não como um sentimento ocasional, mas como força presente em tudo o que Ele faz”

Deus, continuou o Pontífice, “é conjuntamente força e ternura”, por isso podemos dizer que “Ele cuida de nós com a força de um pai e com a ternura de uma mãe, sempre desejoso de nos dar vida nova no Espírito Santo”.

2. Jesus, misericórdia do Pai

No segundo ponto, recordou: “A Suprema testemunha do amor misericordioso do Pai para com os enfermos é o seu Filho unigênito”. Citando quantas vezes os Evangelhos nos narram os encontros de Jesus com pessoas que sofriam de várias doenças, o Papa disse: “Podemos perguntar-nos: Porquê esta atenção particular de Jesus para com os doentes, a ponto da mesma se tornar também a atividade principal na missão dos apóstolos, enviados pelo Mestre a anunciar o Evangelho e curar os enfermos?”

E depois de uma reflexão recordou:

“Quando uma pessoa experimenta na própria carne fragilidade e sofrimento por causa da doença, também o seu coração se sente acabrunhado, cresce o medo, multiplicam-se as dúvidas, torna-se mais impelente a questão sobre o sentido de tudo o que está a acontecer”

Disto a importância “de se ter ao lado testemunhas da caridade de Deus, que a exemplo de Jesus, misericórdia do Pai, derramem sobre as feridas dos enfermos o óleo da consolação e o vinho da esperança”.

3. Tocar a carne sofredora de Cristo

“O convite de Jesus – escreveu o Papa – a ser misericordiosos como o Pai adquire um significado particular para os profissionais de saúde”. Francisco escreve que o serviço dos profissionais da saúde ultrapassa os limites da profissão para se tornar uma missão. Pois “tocam a carne sofredora de Cristo e isso pode ser um sinal das mãos misericordiosas do Pai”. E quanto aos progressos da ciência e das novas vias terapêuticas Francisco adverte “tudo isso não deve jamais fazer esquecer a singularidade de cada doente, com a sua dignidade e as suas fragilidades”.

“O doente é sempre mais importante do que a sua doença, e por isso qualquer abordagem terapêutica não pode prescindir da escuta do paciente, da sua história, das suas ansiedades, dos seus medos”

4. Os lugares de tratamento, casas de misericórdia

Com relação a este ponto o Papa fala sobre os “lugares de tratamento”. “Misericordiosos como o Pai, muitos missionários acompanharam o anúncio do Evangelho com a construção de hospitais, dispensários e lugares de tratamento. São obras preciosas, através das quais se concretizou a caridade cristã e se tornou mais credível o amor de Cristo, testemunhado pelos seus discípulos”. Francisco recordou das dificuldades das populações das zonas mais pobres da Terra, onde receber adequados tratamentos continua a ser um luxo. “Testemunha-o, por exemplo, a escassa disponibilidade, nos países mais pobres, de vacinas contra a Covid-19 e ainda mais a falta de tratamentos para patologias que requerem medicamentos muito mais simples”.

“Neste contexto, desejo reafirmar a importância das instituições sanitárias católicas: são um tesouro precioso que deve ser preservado e sustentado; a sua presença caracterizou a história da Igreja pela sua proximidade aos doentes mais pobres e às situações mais esquecidas”

“Numa época – continua o Papa – em que se difundiu a cultura do descarte e nem sempre se reconhece a vida como digna de ser acolhida e vivida, estas estruturas, como casas da misericórdia, podem ser exemplares na salvaguarda e no cuidado de cada existência, mesmo a mais frágil, desde o próprio início até ao seu termo natural”.

5. A misericórdia pastoral: presença e proximidade

Por fim o Papa escreve sobre a importância dos cuidados espirituais afirmando: “Na verdade, se a pior discriminação sofrida pelos pobres – e os doentes são pobres de saúde – é a falta dos cuidados espirituais, não podemos exonerar-nos de lhes oferecer a proximidade de Deus, a sua bênção, a sua Palavra, a celebração dos Sacramentos e a proposta dum caminho de crescimento e amadurecimento na fé”. Concluindo recorda que a proximidade aos enfermos e o seu cuidado pastoral não competem apenas a alguns ministros (…) visitar os enfermos é um convite feito por Cristo a todos os seus discípulos. Quantos doentes e quantas pessoas idosas há que vivem em casa e esperam por uma visita! O ministério da consolação é tarefa de todo o batizado, recordando-se das palavras de Jesus: “Estive doente e visitastes-Me” (Mt 25, 36).

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