Após celebrar a missa na Basílica Vaticana por ocasião da Jornada Mundial da Juventude diocesana, o Papa Francisco se reuniu com fiéis e peregrinos na Praça São Pedro para o Angelus dominical.
Em sua alocução, acompanhado de dois jovens da diocese de Roma, o Pontífice comentou o Evangelho da Liturgia deste último Domingo do Tempo Comum, que culmina numa afirmação de Jesus: “Eu sou Rei”.
Ele pronuncia estas palavras perante Pilatos, enquanto a multidão grita para o condenar à morte. Anteriormente, Jesus não queria que o povo o aclamasse como rei, mas o fato é que a realeza de Jesus é bastante diferente da mundana, como explicou o Papa:
A sua realeza vai além dos parâmetros humanos, disse ainda Francisco. “Ele não é rei como os outros, mas que é rei para os outros.”
O Papa prosseguiu destacando que Cristo disse que é rei no momento em que a multidão está contra ele, mostra-se livre do desejo de fama e glória terrena.
“E nós – perguntemo-nos – sabemos como imitá-lo nisto? No que fazemos, em particular no nosso compromisso cristão, contam os aplausos ou o serviço?”
Jesus não só evita qualquer busca da grandeza terrena, como também torna livre e soberano o coração de quem o segue.
“O seu reino é libertador, não há nada de opressivo. Ele trata cada discípulo como um amigo, não como um súdito.”
Portanto, acrescentou o Papa, seguindo Jesus, não se perde, mas se ganha dignidade. Porque Cristo não quer ao seu redor servilismo, mas pessoas livres.
O fundamento desta liberdade de Jesus vem da verdade. É a sua verdade que nos liberta:
“A vida do cristão não é uma recitação em que se possa usar a máscara que é mais conveniente. Porque quando Jesus reina no coração, ele liberta-o da hipocrisia, dos subterfúgios, das duplicidades.”
Certamente todos somos pecadores, reconheceu o Papa. Mas, quando vivemos sob o senhorio de Jesus, não nos tornamos corruptos, falsos, inclinados a encobrir a verdade. Não se leva uma vida dupla.
O Pontífice concluiu pedindo a intercessão de Nossa Senhora para que nos ajude a procurar todos os dias a verdade de Jesus, que nos liberta das escravidões terrenas e nos ensina a governar os nossos vícios.
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O Papa Francisco recebeu em audiência, na Sala Clementina, no Vaticano, nesta segunda-feira (22/11), os participantes e organizadores do Christmas Contest, um concurso de canções voltado para os jovens, que dá voz aos jovens, convidando-os a criar novas canções inspiradas no Natal e em seus valores, promovido pela Fundação Pontifícia Gravissimum Educationis e Missões Dom Bosco Valdocco.
Francisco manifestou sua alegria de encontrar os participantes da iniciativa “às portas do Advento, período que a cada ano nos introduz no Natal e ao seu mistério”.
Também neste ano as suas luzes serão submersas pelas consequências da pandemia, que ainda pesa sobre o nosso tempo. Somos chamados a questionar-nos e a não perder a esperança. A festa do nascimento de Cristo não destoa da provação que estamos vivendo, porque é por excelência a festa da compaixão, a festa da ternura. A sua beleza é humilde e cheia de calor humano.
Segundo o Papa, “a beleza do Natal ressoa na partilha de pequenos gestos de amor concreto. Não é alienante, não é superficial, evasiva, pelo contrário, amplia o coração, o abre para a gratuidade, palavra que os artistas podem compreender bem, ao dom de si, e pode também gerar dinâmicas culturais, sociais e educacionais”.
É neste espírito que criamos o Pacto Educativo Global, uma ampla aliança educacional “para formar pessoas maduras, capazes de superar a fragmentação, a contraposição e reconstruir o tecido de relações para uma humanidade mais fraterna”.
Segundo o Papa, “para alcançar estes objetivos requer coragem: «A coragem de colocar a pessoa no centro» e de «colocar-se a serviço da comunidade». É preciso coragem e também criatividade. Por exemplo, vocês compuseram novas músicas de Natal e as compartilharam num projeto maior, um projeto que acredita na beleza como forma de crescimento humano, para juntos sonharem com um mundo melhor”.
Francisco recordou as palavras de São Paulo VI: “«Este mundo em que vivemos precisa da beleza para não cair no desespero». Que beleza? Não falsa beleza, feita de aparências e riqueza terrena, que é vazia e gera vazio. Não. Mas a beleza de um Deus que se fez carne, a beleza dos rostos, de histórias; a beleza das criaturas que compõem nossa Casa comum e que – como nos ensina São Francisco – participam dos louvores ao Altíssimo”.
Por fim, o Papa agradeceu “aos jovens, artistas e esportistas, por não se esquecerem de ser guardiões desta beleza, que o Natal do Senhor faz resplandecer em cada gesto cotidiano de amor, partilha e serviço”.
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A Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe começa este domingo com a oração e o encorajamento do Papa Francisco.
Através de uma mensagem, o Pontífice saúda os participantes e ressalta a importância deste evento para reavivar o espírito da Conferência de Aparecida, com o olhar voltado ao Sínodo de 2023, para impulsionar uma Igreja “em saída sinodal”.
De modo especial, Francisco propõe duas palavras à atenção dos participantes: escutar e transbordar.
O dinamismo das assembleias eclesiais está no processo de escuta, diálogo e discernimento, escreve o Papa.
“Numa assembleia, o intercâmbio facilita ‘escutar’ a voz de Deus até escutar com Ele o clamor do povo, e escutar o povo até respirar nela a vontade a que Deus nos chama.”
Portanto, o pedido de Francisco é que a Igreja procure escutar-se mutuamente e escutar os clamores dos mais pobres e esquecidos.
A segunda palavra – “transbordar” – se insere no contexto de encontrar caminhos que evitem que as diferenças se transformem em divisões e polarizações.
“Neste processo, peço ao Senhor que esta Assembleia seja expressão do ‘transbordar’ do amor criativo do Espírito, que nos impulsiona a sair sem medo ao encontro dos demais, e que anima a Igreja para que, por um processo de conversão pastoral, seja cada vez mais evangelizadora e missionária.”
O Pontífice conclui animando os participantes a viverem estes dias acolhendo com gratuidade e alegria este chamado a transbordar o Espírito no Povo fiel de Deus que peregrina na América Latina e no Caribe.
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