“O Papa Francisco transcorreu um dia tranquilo e completou o período pós-operatório cirúrgico. Para otimizar ao máximo a terapia médica e reabilitativa, o Santo Padre permanecerá internado ainda por alguns dias.” É o que informa o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, no comunicado desta segunda-feira (12/07).
No dia de ontem, afirma Bruni, antes de rezar o Angelus, desejou encontrar alguns pequenos pacientes da unidade vizinha de Oncologia com os seus respectivos familiares que, sucessivamente, o acompanharam no balcão do décimo andar por ocasião da oração mariana.
Ao final, saudou as pessoas internadas no seu mesmo andar, entretendo-se brevemente com os médicos e enfermeiros.
À tarde, celebrou a Santa Missa na capela particular com quem o assiste cotidianamente.
Ao compartilhar a alegria pela vitória das seleções argentina e italiana com as pessoas a ele próximas, concluiu-se o comunicado, “Sua Santidade se deteve sobre o significado do esporte e dos seus valores, e sobre a capacidade esportiva de saber aceitar qualquer resultado, mesmo a derrota: “Somente assim, diante das dificuldades da vida, é possível colocar-se em jogo, lutando sem desistir, com esperança e confiança”.
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Um sentimento de gratidão marcou o Angelus deste domingo, realizado do Hospital Agostino Gemelli, onde o Papa Francisco está internado há uma semana, desde que se submeteu a uma cirurgia no intestino.
Da janela do seu apartamento no décimo andar da Policlínica, rodeado por crianças enfermas, o Papa acenou aos fiéis presentes na pequena praça que fica na entrada da estrutura e dali fez uma breve meditação sobre o Evangelho do dia, destacando de modo especial uma frase de Jesus aos discípulos: “curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo” (Mc 6,13).
“Este ‘óleo’ é certamente o sacramento da Unção dos enfermos, que dá conforto ao espírito e ao corpo. Mas este ‘óleo’ é também a escuta, a proximidade, o cuidado, a ternura de quem cuida da pessoa doente: é como uma carícia que faz sentir melhor, alivia a dor e soleva.”
Para Francisco, mais cedo ou mais tarde, todos necessitamos desta “unção” e todos podemos oferecê-la a alguém, com uma visita, um telefonema, uma mão estendida a quem necessita de ajuda. “Recordemos que no protocolo do juízo final Mateus, 25, uma das coisas que nos perguntarão será a proximidade aos doentes.
Todavia, esta dimensão pessoal do cuidado deve ser alargada para uma dimensão social, em que todos os cidadãos possam usufruir de um sistema de saúde.
“Nesses dias de internação no hospital, prosseguiu o Pontífice, experimentei quanto é importante um bom serviço de saúde gratuito, acessível a todos, como existe na Itália e em outros países. Um sistema de saúde gratuito, que garanta um bom serviço acessível a todos. Não se pode perder este bem precioso. É preciso mantê-lo! E para isso é necessário que todos se empenhem, porque serve a todos e pede a contribuição de todos.”
O Santo Padre lamentou que às vezes, na Igreja, quando alguma instituição de saúde passa por problemas financeiros, inclusive por má gestão, o primeiro pensamento é vender a estrutura: “Mas a sua vocação na Igreja não é ter dinheiro, mas prestar um serviço e um serviço é sempre gratuito, não se esqueçam, salvar as instituições gratuitas”.
Por fim, Francisco dirigiu uma palavra a quem trabalha em hospitais, pedindo orações pelos enfermos:
“Quero expressar o meu apreço e o meu encorajamento aos médicos e a todos os agentes de saúde e aos funcionários dos hospitais. E rezemos por todos os doentes, aqui estão alguns amigos crianças doentes. Por que as crianças sofrem? Por que sofrem as crianças é uma pergunta que toca o coração. Acompanhemo-las com a oração e rezemos por todos os doentes, especialmente por aqueles em condições mais difíceis: ninguém fique só, cada um possa receber a unção da escuta, da proximidade, da ternura e do cuidado. E é o que pedimos por intercessão de Maria, nossa Mãe, saúde dos enfermos.”
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