No dia de seu onomástico, esta sexta-feira, 23 de abril, memória litúrgica de São Jorge Mártir, pouco depois das 10h30 da manhã, o Papa Francisco foi ao átrio da Sala Paulo VI, no Vaticano, para visitar as pessoas necessitadas acolhidas e acompanhadas por algumas associações romanas enquanto esperavam para serem vacinadas, informa um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.
O Papa saudou os presentes ao longo do percurso preparado no átrio para a vacinação, desde a entrada até a área de espera após a conclusão do procedimento prévio à vacinação. No final do trajeto, Francisco parou para oferecer um ovo de chocolate, que foi distribuído a todos pelos voluntários, de acordo com as medidas sanitárias em vigor.
Ao sair, informa ainda o referido comunicado, os presentes entoaram um canto de felicitações pelo onomástico do Santo Padre, enquanto ele parou para conversar com alguns dos voluntários, num ambiente festivo e afetuoso, agradecendo-lhes e recomendando-lhes que “continuem em seu compromisso!
Através do Esmoleiro, o Santo Padre dirigiu palavras de gratidão àqueles que contribuíram para o procedimento de vacinação e para a iniciativa da “vacina suspensa” que permitirá alcançar muitos que aguardam a vacinação nos países mais pobres.
Pouco depois das 11h da manhã, o Papa Francisco voltou para a Casa Santa Marta. Nesta sexta-feira “serão vacinadas pouco menos de 600 das aproximadamente 1400 pessoas carentes que receberam a primeira dose semanas atrás”, conclui a referida comunicação da Sala de Imprensa vaticana.
Essas mulheres e homens fazem parte dos cerca de 1.400 beneficiários da campanha de vacinação anti Covid-19 iniciada durante a Semana Santa pela Esmolaria Apostólica em colaboração com outras associações.
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Não temos mais tempo para perder, como demonstram duas catástrofes globais: o clima e a Covid. Na videomensagem em espanhol para o Dia Internacional da Terra, o Papa Francisco renova seu convite a agir para preservar o meio ambiente.
A mensagem tem início com um apelo para não deixar cair no esquecimento as já conhecidas recomendações para tutelar o planeta. “Há tempos estamos nos conscientizando sempre mais de que a natureza merece ser protegida, também pelo simples fato de que as interações humanas com a biodiversidade de Deus devem ocorrer com a máxima atenção e com respeito. Aspectos estes que se tornaram ainda mais evidentes com a pandemia.”
Francisco menciona o que aconteceu quando, por causa das excepcionais restrições impostas por governos nacionais para controlar a crise, o mundo mudou de ritmo. Para o Santo Padre, tratou-se de um modo “tristemente positivo” de perceber o impacto da desaceleração na natureza e nas mudanças climáticas, mesmo que por poucos meses. Em outras palavras, a mudança exige o comprometimento de todos, de formas múltiplas, mas inequivocáveis.
O Papa cita um antigo ditado espanhol: “Deus perdoa sempre, os homens perdoam de vez em quando, a natureza jamais perdoa”. E quando tem início esta destruição da natureza, é muito difícil parar.
“Mas ainda estamos em tempo”, afirma confiante Francisco. E seremos mais resilientes se trabalharmos juntos ao invés de fazê-lo sozinhos.
Para o Pontífice, a adversidade que estamos vivendo com a pandemia, e que já sentimos na mudança climática, deve nos impulsionar a inovar, a inventar, a buscar novos caminhos. De uma crise não se sai iguais, repetiu. Saímos melhores ou piores. “Este é o desafio. E se não sairmos melhores, percorreremos um caminho de autodestruição”, adverte.
A humanidade, portanto, pode mudar o decurso dos eventos para proteger a Criação. Francisco renova seu apelo a todos os líderes do mundo para que atuem com coragem, com justiça e digam sempre a verdade às pessoas, para que saibam como se proteger da destruição do planeta e como proteger o planeta da destruição.
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Uma iniciativa que coloca a humanidade a caminho através dos seus líderes: assim o Papa Francisco definiu o Encontro de Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizado pelos Estados Unidos, por ocasião do Dia Internacional da Terra.
Para o Pontífice, o evento que se realiza de 20 a 22 de abril direciona concretamente para a reunião de Glasgow e não só, mas para que nos façamos cargo da proteção da natureza, “deste dom que recebemos e temos que cuidar, custodiar e levar avante.
O significado se torna ainda maior, prossegue o Papa, porque é um desafio que vivemos na era pós-pandemia, com a finalidade de termos um meio ambiente mais limpo, mais puro e preservado.
“Cuidar da natureza para que a natureza cuide da gente”, encorajou o Papa, fazendo votos de bom êxito aos participantes do evento.
A iniciativa reúne por dois dias, de forma virtual, cerca de 40 líderes mundiais e pretende reforçar os esforços para limitar o aumento da temperatura global em 1,5 grau Celsius até o final do século.