É necessário sempre retomar este ensinamento de Jesus na vida pessoal, na vida conjugal e na vida familiar:
“Não ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Pois onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
A lâmpada do corpo é o olho: se teu olho for simples, ficarás todo cheio de luz. Mas se teu olho for ruim, ficarás todo em trevas. Se, pois, a luz em ti é trevas, quão grandes serão as trevas! Ninguém pode servir a dois senhores: ou vai odiar o primeiro e amar o outro, ou aderir ao primeiro e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro! Por isso, eu vos digo: não vivais preocupados com o que comer ou beber, quanto à vossa vida; nem com o que vestir, quanto ao vosso corpo. Afinal, a vida não é mais que o alimento, e o corpo, mais que a roupa? Olhai os pássaros do céu: não semeiam, não colhem, nem guardam em celeiros. No entanto, o vosso Pai celeste os alimenta.
Será que vós não valeis mais do que eles? Quem de vós pode, com sua preocupação, acrescentar um só dia à duração de sua vida? E por que ficar tão preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo. Não trabalham, nem fiam. No entanto, eu vos digo, nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um só dentre eles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje está aí e amanhã é lançada ao forno, não fará ele muito mais por vós, gente fraca de fé?
Portanto, não vivais preocupados, dizendo: Que vamos comer? Que vamos beber? Como nos vamos vestir? Os pagãos é que vivem procurando todas essas coisas. Vosso Pai que está nos céus sabe que precisais de tudo isso. Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo. Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá sua própria preocupação! A cada dia basta o seu mal (Mateus 6,19-34)”.
Ao longo dos dias e diante das situações, outras coisas podem se tornarem o centro da nossa vida. É engano pensarmos que Jesus ensina a despreocupar-se. Ele nos orienta a mudar o foco: a nossa confiança precisa estar centralizada em Deus. Pensar que as riquezas são o ponto de apoio para a existência, nos faz acreditar que não somos necessitados do maior valor que é Deus. É prudente e sensato fazer uma previsão econômica sem excesso, mas empreender a vida acumulando coisas, pensando somente na vida terrena, sem pensar nos valores do Céu, mostra onde está centralizado o nosso coração; portanto, cada valor precisa estar no seu devido lugar.
Precisamos cuidar sempre do nosso olhar, porque a inveja entra pelo olho. Ora o nosso olhar é bom, ora é mau; ora é um olhar generoso, ora é um olhar mesquinho. O olhar bom ilumina toda a pessoa, o olhar mau deixa a pessoa às cegas. O olhar simples enxerga brilhantemente e faz a pessoa ter um olhar generoso.
Quando o nosso coração vai se harmonizando com o Pai do Céu, que ensina a dar, cresce em nós a generosidade. O
dinheiro, em muitos momentos, levanta-se como o deus da nossa vida. Ele pode gerar em nós o desejo excessivo pelo poder e bens materiais. Não podemos nos deixar encantar pelo deus dinheiro, ao contrário, precisamos aderir Àquele que está acima de tudo. É preciso ter cuidado para não ser possuído pelos bens e desejos, o melhor jeito para não se confundir é olhar para o Deus verdadeiro, que é o doador generoso. Diante dos propósitos que fazemos, um ideal de vida é essencial: a confiança em Deus!
Radio Vaticano