Cerca de 20 mil pessoas foram à Praça São Pedro participar da audiência geral do Papa Francisco nesta quarta-feira, 12 de junho. Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre os Atos dos Apóstolos, o Papa iniciou afirmando que a Ressurreição de Cristo não foi um evento entre outros, mas a fonte da vida nova.
Seus discípulos sabiam e por isso, ficaram unidos a Maria, perseverantes na oração e fortalecidos na comunhão. Os apóstolos buscaram recompor o seu corpo que, após os eventos dolorosos da Paixão do Senhor, ficara reduzido a 11 membros.
Judas Iscariotes, muito embora recebera a grande graça de ser parte do círculo íntimo de Jesus e de participar do seu ministério, num determinado momento isolou-se, apegando-se ao dinheiro e caindo no orgulho ao ponto de preferir a morte à vida.
Os Apóstolos, ao contrário, escolheram a vida e a bênção e, para tal, decidiram eleger alguém para o lugar de Judas. Pedro indica que deveria ser um discípulo de Jesus desde o Batismo no Jordão até a Ascensão de Jesus ao Céu.
Elegeu-se Matias através do discernimento comunitário, ou seja, procurando olhar a realidade com os olhos de Deus segundo a ótica da unidade e comunhão.
Eles não expressam ao mundo uma presumível perfeição, mas através da graça da unidade, fazem emergir um Outro, que vive de um modo novo em meio a seu povo: o Senhor Jesus.
Ao terminar sua reflexão, o Papa exortou:
“Nós também precisamos redescobrir a beleza de testemunhar o Ressuscitado, abandonando atitudes egocêntricas, renunciando a apropriar-nos dos dons de Deus e não cedendo à mediocridade. A recomposição do colégio apostólico demonstra que no DNA da comunidade cristã existem unidade e liberdade de si mesmos. Isto permite não temer a diversidade, não apegar-se às coisas e dons e tornarmo-nos mártires testemunhas luminosas do Deus vivo e atuante na história”.
Radio Vaticano
Ao saudar os peregrinos poloneses presentes na Audiência Geral desta quarta-feira, 12, o Papa Francisco recordou da Marcha pela Vida realizada no último domingo, “levando uma mensagem de que a vida é sagrada pois é dom de Deus”:
“Somos chamados a defendê-la e servi-la desde a concepção no ventre materno até a idade avançada, quando ela é marcada pela enfermidade e pelo sofrimento. Não é lícito destruir a vida, torná-la objeto de experimentações ou falsas concepções. Peço-lhes que rezem para que a vida humana seja sempre respeitada, testemunhando assim os valores do Evangelho, especialmente no âmbito da família.”
De fato, no último domingo, milhares de pessoas participaram na Polônia da “Marcha pela vida”. Durante o evento – refere o Escritório de Imprensa da Conferência Episcopal polonesa – foi pedida em particular, a retirada da introdução ao documento sobre educação sexual nas escolas.
Kamil Zwierz, presidente do Centro para a Vida e a Família, ao falar sobre o lema deste ano – “Não permitir a educação sexual nas escolas” – afirmou que as Marchas pela Vida e a Família deste ano realizadas na Polônia, “são dedicadas ao problema da educação sexual nas escolas, o que representa uma séria ameaça a uma visão correta das crianças e jovens e à prioridade educacional dos pais; devemos definitivamente nos opor a isso”.
A Marcha de Varsóvia partiu do monumento de Copérnico em direção a Krakowskie Przedmieście, até chegar à Prefeitura de Varsóvia. Os participantes portavam uma bandeira branca e vermelha de 100 metros. Especialmente os mais jovens, seguravam balões coloridos.
A Marcha foi precedida pela Santa Missa na Igreja da Santa Cruz para os participantes do evento, enquanto a bênção foi concedida pelo cardeal Kazimierz Nycz, Metropolita de Varsóvia, e por Dom Romuald Kamiński, arcebispo da Diocese de Varsóvia-Praga.
Radio Vaticano