O Papa Francisco concluiu sua série de audiências esta segunda-feira (10/06) recebendo, no Vaticano, os capelães católicos e os agentes de pastoral da Aviação Civil.
Eles participam em Roma de um Seminário Mundial promovido pelo Dicastério do Desenvolvimento Humano Integral.
Em seu discurso, o Pontífice definiu os aeroportos como “grandes periferias humanas”, onde se vive uma atmosfera de anonimato e de indiferença devido ao contínuo trânsito de pessoas.
É neste contexto que os capelães e os agentes de pastoral são chamados a levar a palavra e a presença de Cristo, a serem, sobretudo, uma presença de gratuidade, olhando para os milhares de rostos que cruzam os aeroportos com o coração de Jesus.
“ Com este olhar, os aeroportos se tornam ‘portas’ e ‘pontes’ de encontro com Deus e com os irmãos. Podem se tornar até mesmo locais privilegiados onde a ovelha perdida possa voltar a se encontrar com o seu verdadeiro Pastor. De fato, nesses locais de partida e de chegada, muitas vezes se cria uma espécie de ‘zona franca’, onde a pessoa no anonimato consegue abrir o próprio coração. ”
Francisco falou ainda da importância dos capelães para quem trabalha nos aeroportos, muitas vezes distantes da família, compartilhando com eles o “sonho” pastoral de que também neste espaço possa se formar uma comunidade de fiéis.
Na sequência, o Papa não deixou de mencionar os migrantes e os refugiados em trânsito: “Convido sempre as Igrejas locais ao devido acolhimento e solicitude, mesmo se tratando de uma responsabilidade direta das autoridades civil.”
Por fim, o Pontífice dedicou algumas palavras à formação dos capelães e agentes de pastoral, também eles leigos, recordando que a qualidade do serviço que prestam é proporcional à qualidade da vida espiritual e da oração.
“Que o Espírito Santo os ilumine e os encha de seus dons, para que possam retomar seu ministério com novo ímpeto e vigor”, concluiu o Papa, invocando Nossa Senhor de Loreto, padroeira da aviação.
Radio Vaticano