Nesta quarta-feira, 13, o Papa Francisco completa seis anos de pontificado. Eleito no dia 13 de março de 2013, Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino-americano a se tornar Papa.
O então cardeal Jorge Mario Bergoglio escolheu o nome do santo dos pobres e em seu primeiro discurso já demonstrou sua humildade e carisma, marcas do seu pontificado:
“Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais foram buscá-lo quase no fim do mundo… Eis-me aqui”, declarou, causando um efeito imediato de aceitação e empatia no povo.
Em seis anos de pontificado, foram lançadas duas Encíclicas: Lumen Fidei (2013) e Laudato Si (2015), e também três Exortações Apostólicas: Evangelii Gaudium (2013), Amoris Laetitia (2016) e Gaudete et Exsultate (2018).
A primeira viagem internacional foi ao Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio, cinco meses após sua eleição. Além da XXVIII JMJ, Francisco também esteve presente na Jornada da Polônia e na do Panamá. Em relação ao Encontro Mundial das Famílias, o Papa esteve na Filadélfia (EUA) em 2015, e em Dublin, na Irlanda, em 2018. Ao todo, em seu pontificado, Francisco visitou 34 países. Dentre elas, destaca-se a recente visita aos Emirados Árabes, em que foi assinada a Declaração conjunta com o Grande Imã de Al-Azhar, sobre a liberdade religiosa.
Outro grande evento realizado em seu pontificado foi o Sínodo dos Bispos; até o momento foram dois: o da Família, em 2014; e o Sínodo sobre a Juventude, em 2018. Neste ano de 2019, acontecerá o Sínodo para a Amazônia, especialmente importante para o Brasil.
Neste ano, o pontificado de Francisco têm sido marcado pela luta contra abusos ocorridos na Igreja. Em fevereiro, o Vaticano promoveu, sob convocação do Papa, o encontro sobre “A Proteção dos Menores na Igreja”. Francisco tem, continuamente, pedido orações pela Igreja.
Biografia
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936, em uma família de imigrantes italianos de Gênova. Formou-se em química na Universidade de Buenos Aires. Ainda jovem, teve problemas respiratórios que o levaram a perder um pulmão.
Bergoglio entrou para a Companhia de Jesus, onde fez o noviciado em março de 1958 e o Juniorato em Santiago do Chile. Ao concluir a Teologia, recebeu a ordenação sacerdotal em 13 de dezembro de 1969.
Com a sua ordenação, Bergoglio emitiu seus últimos votos na Companhia de Jesus, em 1973, ano em que foi nomeado Mestre de Noviços, em San Miguel. No mesmo ano, foi eleito Provincial dos Jesuítas, na Argentina.
Em 20 de maio de 1992, foi nomeado Bispo de Auca e auxiliar de Buenos Aires. Em fevereiro de 1998, tornou-se arcebispo de Buenos Aires, sucedendo a Dom Antonio Quarracino. Em fevereiro de 2001, se tornou Cardeal, nomeado pelo Papa João Paulo II. Em 2005, tornou-se presidente da Conferência Episcopal da Argentina, cargo que ocupou até 2011.
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