Nesta bela quarta-feira de sol, antecedendo a primavera, o Papa foi acolhido por milhares de fiéis na Praça São Pedro, onde concedeu a audiência geral.
Francisco propôs a todos uma catequese de continuidade com o ciclo iniciado há algumas semanas sobre a oração do Pai Nosso. Desta vez, se deteve no verso ‘Venha a nós o vosso reino’, a segunda invocação com a qual nos dirigimos a Deus.
“Os sinais da vinda deste Reino são muitos e todos positivos”, disse o Papa, lembrando que Jesus iniciou seu ministério curando os doentes no corpo e no espírito. Seja aqueles marginalizados e excluídos, os leprosos, como os pecadores, desprezados por todos, são sinais de que este mundo ainda está marcado pelo pecado e habitado por tanta gente que sofre, pessoas que não sabem se reconciliar nem perdoar, guerras e muitos tipos de exploração.
Tudo isso demonstra que a vitória de Cristo ainda não se completou e tantos homens e mulheres ainda vivem com o coração fechado. Quando nós cristãos dizemos: ‘Venha a nós o vosso Reino’, significa ‘Precisamos de Vós, em todos os lugares e para sempre, em meio de nós’.
Embora se realize lentamente, e seja certamente a maior força que existe, o Reino de Deus é como o fermento na farinha: não aparece muito, mas é ele que faz crescer a massa. É um ‘destino’ que podemos intuir na própria vida de Jesus. Ele também foi como uma ‘semente de mostarda’ que morreu na terra para ‘dar muito fruto’.
‘Venha a nós o vosso Reino!’: semeemos esta palavra em meio aos nossos pecados e tropeços. Ofereçamos esta invocação às pessoas vencidas e abatidas, a quem experimentou na vida mais ódio que amor, a quem viveu tantos dias inúteis sem entender porquê. Vamos doá-la a quem lutou pela justiça, a todos os mártires da história, a quem combateu por nada… Escutaremos então a oração do Pai Nosso responder, repetindo pela enésima vez aquelas palavras de esperança do Espírito Santo: “Sim, eu venho em breve. Amém!”.