“Talvez seja difícil de acreditar, mas hoje há mais mártires do que nos primeiros séculos.” Este é um trecho do “Vídeo do Papa”, que neste mês de março convida os fiéis a rezarem pelas comunidades cristãs perseguidas.
Gestos cotidianos como o sinal da Cruz, ler a Bíblia, participar da Missa aos domingos e rezar o Terço são proibidos em determinadas regiões do mundo.
Segundo o relatório sobre Liberdade Religiosa no Mundo, da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), os cristãos são o grupo mais perseguido do mundo. Este direito fundamental do ser humano se vê ameaçado gravemente em 38 países, 21 dos quais estão classificados como perseguição.
“Em muitos lugares do mundo, a liberdade religiosa não é algo abstrato: é uma questão de sobrevivência. Não se trata de discutir se um ou outro se sente mais ou menos cômodo com as bases ideológicas da liberdade religiosa; trata-se de evitar um banho de sangue!”, recorda Thomas Heine-Geldern, presidente executivo da AIS.
Sutil discriminação
Por sua vez, o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa e do Movimento Eucarístico Jovem, padre Frédéric Fornos SJ, afirma que “a situação dos cristãos perseguidos no mundo nos parece cada dia menos distante e abstrata. São eles, mas poderia ser conosco. Como diz o Santo Padre, mesmo em países que em teoria e na legislação se tutelam a liberdade e os direitos humanos, pode estar presente uma sutil discriminação. “Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem e perseguirem, e disserem falsamente todo tipo de mal contra vós, por causa de mim” (Mateus 5, 11).
Radio Vaticano