Papa: chamados a testemunhar a bondade e a misericórdia no mar aberto da humanidade

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Deus faz grandes coisas em nós quando nos colocamos com generosidade ao seu serviço. Se confiamos n’Ele, “nos liberta de nosso pecado e abre diante de nós um novo horizonte: colaborar na sua missão”.

O chamado de Pedro, a pesca milagrosa. Na reflexão proposta aos milhares de peregrinos presentes na Praça São Pedro para o Angelus dominical, o Papa enfatizou que a resposta de fé de Pedro ao lançar as redes, narrada no Evangelho de Lucas, é a mesma que “nós somos chamados a dar; é a atitude da disponibilidade que o Senhor pede a todos os seus discípulos, sobretudo àqueles que têm cargos de responsabilidade na Igreja”.  Uma “obediência confiante” que gera um resultado prodigioso.

De fato, Pedro estava cansado e desiludido, pois não haviam pescado nada naquela noite, e é surpreendido pela atitude de Jesus que entra no barco, para assim poder falar à multidão que está às margens do Mar da Galileia. Mas as palavras de Jesus “reabrem à confiança também o coração de Simão”. E com outro “movimento surpreendente”, Jesus diz a ele: “Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar”. Inspirado pela presença de Jesus e iluminado pela sua Palavra, Pedro obedece:

É a resposta da fé, que também nós somos chamados a dar; é a atitude da disponibilidade que o Senhor pede a todos os seus discípulos, sobretudo àqueles que têm cargos de responsabilidade na Igreja. E a obediência confiante de Pedro gera um resultado prodigioso: ‘Assim o fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixes’”.

Sair no mar aberto da humanidade

“Trata-se  – explica Francisco – de uma pesca milagrosa, sinal do poder da palavra de Jesus:

Quando nos colocamos com generosidade ao seu serviço, Ele faz grandes coisas em nós. Assim age com cada um de nós, nos pede para acolhê-lo no barco da nossa vida, para compartilhar com ele e navegar um novo mar que se revela cheio de surpresas. O seu convite para sair ao mar aberto da humanidade do nosso tempo, para ser testemunhas de bondade e de misericórdia, dá um novo sentido à nossa existência, que muitas vezes corre o risco de debruçar-se sobre si mesma”.

Colaborar na missão de Jesus

Às vezes, observa o Papa,  “podemos ficar surpresos e hesitantes diante do chamado que nos dirige o Divino Mestre, e somos tentados a rejeitá-lo por causa da nossa incapacidade”. Mesmo Pedro, depois daquela “incrível pesca”, disse de joelhos diante daquele que já reconhece como “Senhor”, esta “bela e humilde oração”: “Afasta-te de mim, pois sou um pecador”.

“Mas a resposta de Jesus é de encorajamento: ‘Não temas; de agora em diante serás pescador de homens’, porque Deus, se confiamos nele, nos liberta de nosso pecado e abre diante de nós um novo horizonte: colaborar na sua missão”:

O maior milagre realizado por Jesus por Simão e os outros pescadores desiludidos e cansados, não é tanto a rede cheia de peixes, mas tê-los ajudado a não cair vítimas da desilusão e do desânimo diante das derrotas. Os abriu para se tornarem anunciadores e testemunhas da sua palavra e do reino de Deus. E a resposta dos discípulos foi imediata e total: ‘E, atracando as barcas à terra, dei­xaram tudo e o seguiram’.”

A exemplo de Maria, sentir o fascínio do chamado do Senhor

“Que a Virgem Santa, modelo de imediata adesão à vontade de Deus – disse o Papa ao concluir –  nos ajude a sentir o fascínio do chamado do Senhor, e nos torne disponíveis para colaborar com ele para propagar em todos os lugares a sua palavra de salvação”.

 

Radio Vaticano

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