Em sua primeira meditação, neste tempo litúrgico de Advento, em preparação ao Santo Natal, o Pregador da Casa Pontifícia refletiu sobre o tema “Deus existe”!

Devido às nossas inúmeras tarefas e compromissos, problemas a serem resolvidos e desafios a serem superados, disse o Capuchinho, corremos o risco de perder de vista a nossa relação pessoal com Deus e com Cristo.

Experiência com Deus

No entanto, sabemos, por experiência, que um relacionamento pessoal genuíno com Deus é a primeira condição para enfrentarmos as situações e problemáticas do nosso dia a dia, sem perder a paz e a paciência.

Por isso, o tema das homilias de Advento do Pregador é extraído do Salmo: “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo“!

Os homens do nosso tempo buscam, sem cessar, sinais da existência de seres vivos e inteligentes em outros planetas. É uma busca legítima e compreensível. Entretanto, poucos buscam os sinais daquele Ser que criou o Universo, que entrou na história e vive nela.

Quantas vezes somos obrigados a dizer a Deus, como Santo Agostinho: “Estavas comigo, mas eu não estava contigo”. Deus nos busca e vai ao nosso encontro desde a criação do mundo e continua a perguntar: “Adão, onde você está?”

Hoje, devemos apoiar-nos na palavra de Jesus “Buscai e achareis. Batei e vos será aberto“. Ele promete dar a si mesmo, para além das coisas fúteis que lhe pedimos, e mantém a sua promessa.

Retornar às coisas!

A Bíblia apresenta inúmeras passagens que falam de Deus vivo e nós, por nossa parte, sentimos a necessidade de um retorno à nossa “realidade” de fé em Deus.

Talvez, até agora, não entendemos o profundo significado da verdadeira existência de Deus em nossa vida, como aconteceu com tantos pensadores e filósofos. A expressão que melhor explica este significado é “dar-nos conta” ou abrir os olhos sobre a existência de Deus na nossa história.

A presença de Deus

Deus revelou seu nome: “Eu sou aquele que sou”! “Eu sou o Deus vivo”! Mas, então, qual o significado real de Deus vivo?

O Pregador da Casa Pontifícia tentou responder a esta pergunta traçando um perfil do Deus vivo, a partir da Bíblia, mas percebeu que isso seria uma loucura: descrever Deus vivo, delinear seu perfil, até mesmo através da Bíblia, seria muito redutivo.

O que podemos fazer, em relação ao Deus vivo, explicou Frei Cantalamessa, é ir além dos sinais que os homens traçaram sobre Ele. E citando Santo Agostinho, disse que devemos acreditar em um Deus que vai além daquele que acreditamos!

Deus é a minha rocha, a nossa rocha, a “rocha da nossa salvação”.

Os primeiros Setenta tradutores da Bíblia, diante de uma imagem tão material de Deus, que parecia rebaixá-lo, substituíram o termo “rocha” como força, refúgio, salvação. Rocha não se refere apenas a Deus, mas também ao que devemos ser. Se Deus é rocha, o homem é um “alpinista”.

O Pregador da Casa Pontifícia concluiu sua primeira meditação afirmando: “Deus existe e basta!” Aprendamos, também nós, a repetir estas simples palavras em nossa vida!

Tradução Thácio Siqueira

O Papa Francisco concluiu sua série de audiências desta sexta-feira (07/12) recebendo os doadores da árvore de Natal e do presépio que enfeitam a Praça São Pedro este ano.

Trata-se de duas delegações italianas: uma proveniente da região de Veneza, que doou a árvore, e outra do Vêneto e de Friuli-Venezia Giulia, que doou o presépio.

Símbolos que fascinam

Após agradecer às autoridades civis e eclesiásticas, o Pontífice afirmou que a árvore e o presépio são dois símbolos que nunca deixam de fascinar, pois falam do Natal e ajudam a contemplar o mistério de Deus feito homem.

“ Com as suas luzes, a árvore de Natal nos recorda que Jesus é a luz do mundo, é a luz da alma que expulsa as trevas das inimizades e abre espaço ao perdão. ”

De modo especial, o Papa falou do presépio já instalado na Praça, que este ano foi feito com a areia das montanhas das Dolomitas. “A areia, material pobre, evoca a simplicidade, a pequenez com a qual Deus se mostrou com o nascimento de Jesus na precariedade de Belém.

Pequenez é liberdade

A pequenez pode parecer em contradição com a divindade, notou o Papa. Mas, ao invés, a pequenez é liberdade. No sentido evangélico, quem é pequeno é livre de toda pretensão de sucesso. O Menino Jesus que depositamos no presépio é santo em pobreza, pequenez, simplicidade e humildade.

Francisco então concluiu seu discurso fazendo votos de que o presépio e a árvore possam levar às famílias um reflexo da luz e da ternura de Deus, desejando a todos Feliz Natal.

Radio Vaticano