Encontre em Deus a resposta para os porquês da vida
Digo-vos ainda isto: “Se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18,19-20).
Por que eu perco todas as pessoas que amo?
Por que as coisas nunca dão certo para mim?
Por que eu estou passando necessidades?
Por que eu estou sofrendo?
Por que me sinto tão infeliz?
Por que eu fui traído?
Por que tive de passar por todas aquelas coisas quando era criança?
Essas e outras perguntas levaram muitas pessoas ao desespero. Há momentos da nossa vida em que a dor é tão aguda, que nada parece responder às necessidades que temos.
Onde encontrar a resposta que faz calar o coração?
Nem sempre as perguntas podem ser respondidas com palavras. Há casos, cuja solução é humanamente impossível, como a morte de alguém ou uma doença incurável. Essa é a hora em que só Deus é a resposta.
A resposta pode ser um milagre. Ela existe! Mas cada pessoa precisa buscá-la pessoalmente, e o lugar do encontro é a oração. Deus pode e quer nos dar tudo do que necessitamos para sermos felizes. Se, muitas vezes, não recebemos, é porque não pedimos, porque temos dificuldade de acreditar que Ele nos atenderá.
Deus não nos quer atender se não tivermos a certeza de que seremos atendidos por Ele, mas “tudo é possível ao que crê”.
Não há limites! Para Deus, tudo é possível. Se os nossos problemas nos superaram, não superam Deus. Se perdemos o domínio da situação, Deus não a perdeu. Ele é o Senhor de tudo e de todos.
O caminho é a oração
A oração é uma chave que abre as portas do Céu. Deus se comprometeu conosco e empenhou a Sua Palavra, já não pode voltar atrás. Ainda que os montes se abalem e as colinas mudem de lugar, Ele permanecerá fiel. Mesmo que passem o céu e a terra, Ele não abandonará você! Deus o ama e por isso lhe é fiel. Ele sabe do que você precisa e vem em seu socorro neste exato momento.
Não são poucas as pessoas que custam a crer que Deus vai ajudá-las; até acreditam que Ele é bom, acreditam também que é poderoso para fazer o que quiser. Pensam e aceitam que o Senhor fará bem a toda gente, mas não conseguem acreditar que o fará a elas. Na verdade, não se sentem amadas por Ele.
Se lhes perguntarmos por que, a resposta não demorará a vir: “Depois de tudo o que já fiz na vida, eu não mereço. Os meus pecados são muitos”. A Palavra, no entanto, nos garante: “Se formos infiéis, ele continua fiel, e não pode desdizer-se” (2Tm 2,13b).
Ainda que tenhamos pecado, ainda que tenhamos caído na infidelidade, Deus continua ao nosso lado e nos convida a voltar para Ele, a fim de recebermos Seu amor. Ele veio para os pecadores e para os doentes, veio para quem precisa d’Ele.
E você, precisa de Deus?
O Senhor ama você e quer demonstrar o tamanho desse amor. Permita que aconteça! Aproxime-se d’Ele confiantemente, pela oração, e verá o que realmente é verdade. Vive bem quem reza bem!
Abra seu coração para ser amado e amar por meio da oração. Agora, é um bom momento para começar essa nossa caminhada de oração. E se você já começou a caminhar, será ainda melhor. Poderá lançar, mais profundamente, suas raízes no terreno fértil, úmido e quente de uma conversa amorosa com Deus.
Canção Nova
Para destruir instituições ou pessoas, se começa a falar mal. A esta “comunicação caluniosa”, o Papa Francisco dedicou a homilia na missa na Casa Santa Marta.
A sua reflexão parte da história de Nabot narrada na Primeira Leitura, no Livro dos Reis. O rei Acab deseja a vinha de Nabot e lhe oferece dinheiro. Aquele terreno, porém, faz parte da herança dos seus pais e, portanto, rejeita a proposta. Então Acab fica aborrecido “como fazem as crianças quando não obtêm o que querem: chora.
A sua esposa cruel, Jezabel, aconselha o rei a acusar Nabot de falsidade, a matá-lo e assim tomar posse de sua vinha. Nabot – notou o Papa – é portanto um “mártir da fidelidade à herança” que tinha recebido de seus pais: uma herança que ia além da vinha, “uma herança do coração”.
Os mártires condenados com as calúnias
Para Francisco, a história de Nabot é paradigmática da história de Jesus, de Santo Estevão e de todos os mártires que foram condenados usando um cenário de calúnias. Mas é também paradigmática do modo de proceder de tantas pessoas de “tantos chefes de Estado ou de governo”. Começa com uma mentira e, “depois de destruir seja uma pessoa, seja uma situação com aquela calúnia”, se julga e se condena.
Como as ditaduras adulteram a comunicação
“Também hoje, em muitos países, se usa este método: destruir a livre comunicação”.
Por exemplo, pensemos: há uma lei da mídia, da comunicação, se cancela aquela lei; se concede todo o aparato da comunicação a uma empresa, a uma sociedade que faz calúnia, diz falsidades, enfraquece a vida democrática. Depois vêm os juízes a julgar essas instituições enfraquecidas, essas pessoas destruídas, condenam e assim vai avante uma ditadura. As ditaduras, todas, começaram assim, adulterando a comunicação, para colocar a comunicação nas mãos de uma pessoa sem escrúpulo, de um governo sem escrúpulo.
A sedução dos escândalos
“Também na vida cotidiana é assim”, destacou o Papa: se quero destruir uma pessoa, “começo com a comunicação: falar mal, caluniar, dizer escândalos”:
E comunicar escândalos é um fato que tem uma enorme sedução, uma grande sedução. Seduz-se com os escândalos. As boas notícias não são sedutoras: “Sim, mas que belo o que fez!” E passa… Mas um escândalo: “Mas você viu! Viu isso! Você viu o que aquele lá fez? Esta situação… Mas não pode, não se pode ir avante assim!” E assim a comunicação cresce, e aquela pessoa, aquela instituição, aquele país acaba na ruína. No final, não se julgam as pessoas. Julgam-se as ruínas das pessoas ou das instituições, porque não se podem defender.
A perseguição dos judeus
“A sedução do escândalo na comunicação leva justamente ao ângulo, isto é “destrói” assim como aconteceu a Nabot, que queria somente “ser fiel à herança dos seus antepassados” e não vendê-la. Neste sentido, também é exemplar a história de Santo Estevão, que faz um longo discurso para se defender, mas aqueles que o acusavam preferem lapidá-lo ao invés de ouvir a verdade. “Este é o drama da avidez humana”, afirma o Papa. Tantas pessoas são, de fato, destruídas por uma comunicação malvada:
Muitas pessoas, muitos países destruídos por ditaduras malvadas e caluniosas. Pensemos por exemplo nas ditaduras do século passado. Pensemos na perseguição aos judeus, por exemplo. Uma comunicação caluniosa, contra os judeus; e acabavam em Auschwitz porque não mereciam viver. Oh… é um horror, mas um horror que acontece hoje: nas pequenas sociedades, nas pessoas e em muitos países. O primeiro passo é se apropriar da comunicação, e depois da destruição, o juízo e a morte.
Reler a história de Nabot
O Apóstolo Tiago fala precisamente da “capacidade destrutiva da comunicação malvada”. Em conclusão, o Papa exorta a reler a história de Nabot no capítulo 21 do Primeiro Livro dos Reis e a pensar em “tantas pessoas destruídas, em tantos países destruídos, em tantas ditaduras com ‘luvas brancas'” que destruíram países.
Radio Vaticano