O amor que me cura é o amor que dou

Fomos criados para amar! O que, muitas vezes, nos trava e deixa em crise é o fato de passarmos a maior parte do nosso tempo querendo ser amado, esperando o amor das pessoas. O mais interessante é querermos ser amados da forma que desejamos. Por esse motivo, não conseguimos perceber o amor das pessoas para conosco; e com isso sofremos.

Era assim que eu me comportava, e perdi muito tempo da minha vida desejando ser amada da minha forma e do meu jeito. Com isso, eu me frustrava. Um dia, revolvi mudar de estratégia e falei para mim mesma: “Tudo aquilo que desejo receber das pessoas, tudo aquilo que quero que as pessoas façam comigo, farei eu para elas”. Aí, comecei a demostrar para as pessoas que eu as amo; e, para demonstrar esse amor, usei muitos gestos concretos. Assumi essa atitude na minha vida, e tenho tocado uma realidade diferente. Hoje, sempre gosto de usar a expressão: “Que o melhor de mim seja para o meu irmão”.

Com essa teoria, fui percebendo que, quanto mais eu amo, quanto mais eu demostro amar, mais eu sou curada das minhas carências e vou me tronando cada vez mais uma pessoa livre para amar. Percebo que Deus me cura cada vez que saio de mim para ir ao encontro do outro, cada vez que deixo o meu mundo egoísta para estar com o outro, para manifestar gesto de amor, de presença e companheirismo.

Estejamos abertos para amar

Essa é uma experiência que faço do amor que cura. É esse amor que dou sem nada esperar em troca, do amor do qual fala São Paulo: tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Um amor que é paciente e sabe esperar o tempo do outro, que não para nas fraquezas e limitações do outro. É dessa forma que vou sendo curada, na medida que vou me colocando para amar.

Não tenha medo de sair de si, para ir ao encontro do outro. Deus sabe do que você precisa, e foi Ele quem nos amou primeiro. Por isso, alegre-se quando se colocar aberto para amar, e amando ser curado para amar mais.

Deus o abençoe!

Ritinha, missionária da Comunidade Canção Nova

Nesta quarta-feira (13/06), o Papa Francisco se reuniu com fiéis, turistas e romanos na Praça São Pedro e começou um novo ciclo de catequeses sobre os Mandamentos.

Praça lotada ouviu a catequese

Cerca de 20 mil pessoas participaram do encontro e ouviram as palavras do Pontífice, resumidas em seguida em várias línguas, inclusive português.

Para introduzir o tema, o Papa começou repassando um trecho do Evangelho de Marcos, lembrando o episódio daquele homem que, foi a Jesus e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”. Ele queria ter vida infinita. Jesus lhe respondeu citando os mandamentos; abriu um processo pedagógico procurando guiá-lo até àquilo que lhe faltava. Mas o homem respondeu: “Mestre, tudo isso eu tenho observado desde a minha juventude”.

A busca da vida plena

“ Quantos jovens querem ‘viver’ e se destroem correndo atrás de coisas efêmeras? ”

“Alguns pensam que seja melhor apagar este impulso, pois é perigoso. Gostaria de dizer especialmente aos jovens: ‘Nosso maior inimigo não são os problemas concretos, mesmo sérios ou dramáticos. O maior perigo é o espírito de adaptação ruim, que não é mansidão ou humildade, mas mediocridade ou covardia. A vida do jovem é ir avante, ser inquieto: a inquietude salutar, a capacidade de não se contentar de uma vida sem beleza, sem cores.

“ Se os jovens não forem famintos de vida autêntica, para onde irá a humanidade? ”

Francisco explicou que a passagem da juventude à maturidade se dá quando iniciamos a aceitar nossos limites; quando tomamos consciencia daquilo que falta… E nos últimos séculos, a história nos mostra uma verdade que o homem muitas vezes se recusou a enxergar e que causou consequencias trágicas: a verdade de seus limites.

A resposta de Jesus

Mas para alcançar ‘aquilo que falta’, deve-se partir da realidade. E Jesus, fitando aquele homem com amor, lhe dá a resposta:

“Só te falta uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”, ou seja, pára de viver de si mesmo, de suas obras e de seus bens, deixar tudo para seguir o Senhor: a perfeição, o pleno cumprimento.

Quem, podendo escolher entre o original e a cópia, opta pela cópia?

“Este é o desafio: encontrar o original. Jesus não oferece substitutos, mas vida verdadeira, amor verdadeiro, plenitude de vida. É preciso perscrutar o ordinário para nos abrirmos ao extraordinário”.
Copa da Rússia: saudação e apelo pela paz

Depois de pronunciar sua catequese, o Papa saudou os grupos presentes na Praça, inclusive os brasileiros e portugueses, e dirigiu uma saudação aos jogadores e organizadores da Copa do Mundo de Futebol, que será inaugurada quinta-feira (14/06) na Rússia.

Definindo o campeonato como ‘um evento social que supera todas as fronteiras’, Francisco disse:

“Que esta importante manifestação esportiva possa ser uma ocasião de encontro, diálogo e fraternidade entre culturas e religiões, favorecendo a solidariedade e a paz entre as nações”.

Radio Vaticano