Oração a Santa Rita de Cássia

Ó poderosa Santa Rita de Cássia, chamada Santa dos Impossíveis, advogada dos casos desesperados, auxiliar na hora extrema, refúgio na dor e salvação para os que se acham nos abismos do pecado e do desespero, com toda a confiança no vosso celeste patrocínio, a vós recorro no difícil e imprevisto caso que dolorosamente me aflige o coração.

Dizei-me, Santa Rita, não me quereis auxiliar e consolar? Afastareis vosso olhar piedoso do meu pobre coração angustiado? Vós bem sabeis, conheceis o martírio do coração. Pelos sofrimentos atrozes que padecestes, pelas lágrimas amargosíssimas que santamente chorastes, vinde em meu auxílio! Falai, rogai, intercedei por mim que não ouso fazê-lo ao Coração de Deus, Pai de misericórdia e fonte de toda a consolação, e obtende-me a graça que desejo. (Menciona-se a graça desejada).

Apresentada por vós, que sois tão cara ao Senhor, a minha prece será aceita e atendida certamente; valer-me-ei desse favor para melhorar a minha vida e os meus hábitos, e para exaltar na terra e no céu as misericórdias divinas. Amém!

Reze três vezes: Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

Canção Nova

Eucaristia e o seu caráter universal

Quando penso na Eucaristia e olho para a minha vida de sacerdote, de Bispo, de sucessor de Pedro, espontaneamente ponho-me a recordar tantos momentos e lugares onde tive a dita de celebrá-la. Recordo a igreja paroquial de Niegowic, onde desempenhei o meu primeiro encargo pastoral, a colegiada de S. Floriano em Cracóvia, a catedral do Wawel, a basílica de S. Pedro e tantas basílicas e igrejas de Roma e do mundo inteiro. Pude celebrar a Santa Missa em capelas situadas em caminhos de montanha, nas margens dos lagos, à beira do mar; celebrei-a em altares construídos nos estádios, nas praças das cidades.

Este cenário tão variado das minhas celebrações eucarísticas faz-me experimentar intensamente o seu caráter universal e, por assim dizer, cósmico. Sim, cósmico! Porque mesmo quando tem lugar no pequeno altar duma igreja da aldeia, a Eucaristia é sempre celebrada, de certo modo, sobre o altar do mundo. Une o céu e a terra. Abraça e impregna toda a criação. O Filho de Deus fez-Se homem para, num supremo ato de louvor, devolver toda a criação Àquele que a fez surgir do nada. Assim, Ele, o sumo e eterno Sacerdote, entrando com o sangue da Sua Cruz no santuário eterno, devolve ao Criador e Pai, toda a criação redimida. Fala através do ministério sacerdotal da Igreja, para a glória da Santíssima Trindade. Verdadeiramente este é o mysterium fidei que se realiza na Eucaristia: o mundo saído das mãos de Deus criador volta a Ele redimido por Cristo.

O culto prestado à Eucaristia fora da Missa é de um valor inestimável na vida da Igreja, e está ligado intimamente com a celebração do sacrifício eucarístico. A presença de Cristo nas hóstias consagradas que se conservam após a Missa “presença essa que perdura enquanto subsistirem as espécies do pão do vinho” resulta da celebração da Eucaristia e destina-se à comunhão, sacramental e espiritual. Compete aos pastores, inclusive pelo testemunho pessoal, estimular o culto eucarístico, de modo particular as exposições do Santíssimo Sacramento e também as visitas de adoração a Cristo presente sob as espécies eucarísticas. É bom demorar-se com Ele e, inclinado sobre o seu peito como o discípulo predileto (cf. Jo 13, 25), deixar-se tocar pelo amor infinito do seu coração. Se atualmente o cristianismo se deve caracterizar sobretudo pela “arte da oração”, como não sentir de novo a necessidade de permanecer longamente, em diálogo espiritual, adoração silenciosa, atitude de amor, diante de Cristo presente no Santíssimo Sacramento? Quantas vezes, meus queridos irmãos e irmãs, fiz essa experiência, recebendo dela força, consolação, apoio!

Desta prática, muitas vezes louvada e recomendada pelo Magistério, deram-nos o exemplo numerosos Santos. De modo particular, distinguiu-se nisto S. Afonso Maria de Ligório, que escrevia: “A devoção de adorar Jesus Sacramentado é, depois dos sacramentos, a primeira de todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós”.

A Eucaristia é um tesouro inestimável: não só a sua celebração, mas também o permanecer diante dela fora da Missa permite-nos beber na própria fonte da graça. Uma comunidade cristã que queira contemplar melhor o rosto de Cristo, segundo o espírito que sugeri nas cartas apostólicas Novo millennio ineunte e Rosarium Virginis Mariæ, não pode deixar de desenvolver, também, esse aspecto do culto eucarístico, no qual perduram e se multiplicam os frutos da comunhão do corpo e sangue do Senhor.

Canção Nova

Grande alegria na Catedral de Bangui, na África Central, no anúncio de que durante a Missa presidida pelo Papa Francisco na Basílica Vaticana no dia de Pentecostes se rezou também em “sango”, a língua do país.

Muitos aplausos na Catedral de Bangui

Um caloroso aplauso espontâneo dos muitos fiéis que participavam na celebração eucarística por ocasião de Pentecostes. O pároco da Catedral e vigário geral da Arquidiocese, P. Mathieu Bondobo, contou ao Vaticano News sobre este momento particular vivido em Bangui. Padre Mathieu, – recordamos -, é o sacerdote que esteve sempre ao lado do Papa Francisco durante a sua viagem à África Central, em novembro de 2015, traduzindo as suas palavras para a língua local.

“Nós não estamos sozinhos”

Esta pequena notícia de uma simples oração – disse Pe. Bondobo – deu muita alegria ao coração dos fiéis: “Sentimos que não estamos sozinhos: Deus, a Igreja, o Papa estão conosco. Há irmãos e irmãs que rezam por nós, mesmo se estão distantes, e ouviram nossa língua e isso é maravilhoso “.

Uma situação terrível, mas o Espírito enxuga as lágrimas

Na Basílica de São Pedro, esta oração foi pronunciada em “sango” pelos que sofrem: “Deus Pai os alcance com o Espírito Consolador: nenhuma lágrimas seja derramada inutilmente e nenhuma dor seja dominada pelo desespero”. “Esta oração – sublinha Padre Bondobo – fala sobre a nossa situação atual. Há tantos sofrimentos e lágrimas e o Espírito é enviado para exugá-las. A situação na África Central é terrível. Os rebeldes vivem com as armas e estão sempre prontos para atacar. Eles vivem aqui entre nós, sabemos onde eles estão, eles sabem como e quando atacar. Isso não pode ser tolerado, é uma coisa tremenda, nos perguntamos até quando essa situação poderá durar “.

Existem aqueles que não querem paz

“A violência está de volta – acrescenta o sacerdote – porque há aqueles que não querem a paz ou têm outros projetos para a África Central e usam armas, manipulação, confusão. Há quem não queira a democracia que chegou com as eleições. A paz infelizmente não voltou como esperávamos “.

Massacre na igreja

No dia 1º de maio último, alguns rebeldes atacaram a Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Bangui, durante a missa pela festa de São José Operário, matando 16 pessoas, incluindo um sacerdote. “Foi terrível – diz o padre Mathieu – mas não acabou porque alguns dias depois a violência também atingiu a cidade de Bambari, onde muitas pessoas foram mortas e milhares escaparam para encontrar refúgio em outro lugar”.

O medo não vence a fé

“Agora – continua o padre – há o medo. Mas esse medo não nos impede de viver a nossa fé. Hoje, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, muitos jovens receberam a Crisma. Foi também celebrado um matrimônio. E assim, nas outras paróquias de Bangui, muitos foram à missa e muitos receberam a Crisma no dia de Pentecostes. Este é um sinal forte para dizer que o medo não acaba com a nossa fé. Pelo contrário, nos dá força, porque o Espírito que recebemos do Senhor é um espírito de força, de sabedoria, de amor “.

Viagem do Papa à África Central

Padre Bondobo recorda com emoção a visita do Papa que tinha levado paz ao país, graças também aos seus encontros com a comunidade muçulmana: “Foi um momento único para nós. Vivemos como se o próprio Deus tivesse vindo visitar esse povo, seu povo. O Papa abriu a Porta Santa em Bangui para o Ano Santo da Misericórdia, antes de todas as outras Igrejas, antes mesmo de Roma. Ele proclamou Bangui a capital espiritual do mundo. Para nós não foram apenas palavras, mas uma profecia e uma missão porque, abrindo a Porta Santa aqui conosco, o Papa nos mostrou um caminho a seguir, ele pediu à nossa Igreja que atravessasse a Porta que é Cristo para chegar a Deus. Por isso que o diabo nos combate com violência, mas nós lutamos contra o diabo em nome de Deus e venceremos com as armas da fé contra as suas malícias e tentações “.

O apelo no Regina Coeli

O Papa Francisco, no dia 6 de maio, lançara um apelo pela África Central durante a oração do Regina Coeli: “Convido a rezar pelo povo da República Centro-Africana, país que tive a alegria de visitar e que carrego em meu coração, e onde nos dias passados se verificaram graves violências com numerosos mortos e feridos, incluindo um sacerdote”.

Permanecer unidos para encontrar a paz

“O Santo Padre – recorda Pe. Mathieu – disse que a paz é uma coisa artesanal; precisa do trabalho de todos e todos nós devemos permanecer unidos, resistindo ao diabo que quer nos dividir. Para ter a paz, devemos permanecer unidos e não perder a esperança. Uma esperança que nos dá a certeza de também aqueles que foram mortos nas violências agora estão com Deus e intercedem por nós que estamos aqui. Que Deus abençoe a África Central “.

Radio Vaticano