A Ascensão do Senhor, que se celebra neste domingo (13/05) em muitas parte do mundo – no Brasil também -, “enquanto inaugura uma nova forma de presença de Jesus entre nós, pede-nos para termos olhos e coração para encontrá-lo, para servi-lo e testemunhá-lo aos outros. Trata-se de ser homens e mulheres da Ascensão, isto é, buscadores de Cristo ao longo dos caminhos do nosso tempo, levando a sua palavra de salvação até os confins da terra”. Foi o que disse o Papa Francisco na alocução que precedeu a oração do Regina Coeli neste VII domingo de Páscoa, Solenidade da Ascensão do Senhor.

“Neste caminho – continuou o Papa – nós encontramos o próprio Cristo nos irmãos, especialmente nos mais pobres, naqueles que sofrem em sua própria carne a dura mortificação da experiência de velhas e novas pobrezas”.

A Ascensão nos exorta a olhar para o céu para, em seguida, dirigi-lo para a terra, realizando as tarefas que o Senhor ressuscitado nos confia.

O Santo Padre recordou em seguida que “como no início Cristo ressuscitado enviou seus apóstolos com a força do Espírito Santo, também hoje Ele nos envia, com a mesma força, para sermos sinais concretos e visíveis de esperança”.

Parece realmente muito ousada a tarefa que Jesus confia a um pequeno grupo de homens simples e sem grandes habilidades intelectuais! No entanto, – disse ainda Francisco – esta pequena companhia, irrelevante diante das grandes potências do mundo, é enviada para levar a mensagem de amor e de misericórdia de Jesus a todos os cantos da terra.

Mas este projeto de Deus só pode ser realizado pelo poder que o próprio Deus concede aos apóstolos. Nesse sentido, Jesus assegura-lhes que sua missão será sustentada pelo Espírito Santo.

“Assim, esta missão pôde se tornar realidade, e os apóstolos deram início a essa obra, que depois foi continuada por seus sucessores. A missão confiada por Jesus aos Apóstolos continuou ao longo dos séculos e continua até hoje: essa requer a colaboração de todos nós. De fato, cada um, em virtude do Batismo que recebeu, é capacitado a proclamar o Evangelho”.

O Papa concluiu pedindo à Virgem Maria que, como Mãe do Senhor que morreu e ressuscitou, animou a fé da primeira comunidade de discípulos, “ajude também a nós a manter “os nossos corações ao alto”, como nos exorta a fazer a Liturgia. E ao mesmo tempo nos ajude a ter “os pés no chão” e a semear com coragem o Evangelho nas situações concretas da vida e da história”.

Radio Vaticano

“Nós não somos órfãos, temos uma mãe! Nossa Senhora, a mãe Igreja e a nossa mãe. Não somos órfãos, somos filhos da Igreja, somos filhos de Nossa Senhora e somos filhos das nossas mães.”

Essas palavras do Papa Francisco foram pronunciadas na Audiência Geral de 7 de janeiro de 2015, e hoje as repropomos nesse Dia das Mães.

Pouco considerada

Naquela ocasião, o Pontífice fez sua catequese inteiramente dedicada às mães, no âmbito do ciclo sobre a família.

“Cada pessoa humana deve a vida a uma mãe, e quase sempre lhe deve muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual. Contudo, a mãe, embora seja muito exaltada sob o ponto de vista simbólico — muitas poesias, muitas coisas bonitas se dizem poeticamente sobre a mãe — é pouco escutada e pouco ajudada no dia-a-dia, pouco considerada no seu papel central na sociedade. Aliás, muitas vezes aproveita-se da disponibilidade das mães a sacrificar-se pelos filhos para ‘economizar’ nas despesas sociais”, denunciou o Papa.

Martírio materno

Francisco citou o futuro santo Oscar Arnulfo Romero, que dizia que as mães vivem um “martírio materno”. “Ser mãe não significa somente colocar um filho no mundo, mas é também uma escolha de vida. O que escolhe uma mãe, qual é a escolha de vida de uma mãe? A escolha de vida de uma mãe é a escolha de dar a vida. E isto é grande, é bonito.”

Para o Pontífice, uma sociedade sem mães seria uma sociedade desumana, porque as mães sabem testemunhar sempre, mesmo nos piores momentos, a ternura, a dedicação, a força moral.

Além disso, prosseguiu o Papa, as mães transmitem também o sentido mais profundo da prática religiosa: nas primeiras orações, nos primeiros gestos de devoção que uma criança aprende, está inscrito o valor da fé na vida de um ser humano. “Sem as mães, não somente não haveria novos fiéis, mas a fé perderia boa parte do seu calor simples e profundo.”

Não somos órfãos!

Francisco então concluiu:

“Queridas mães, obrigado, obrigado por aquilo que são na família, à Igreja e ao mundo. E a ti, amada Igreja, obrigado por ser mãe. E a ti, Maria, mãe de Deus, obrigado por nos fazer ver Jesus. E obrigado a todas as mães aqui presentes: vamos saudá-las com um aplauso.

 

Radio Vaticano