Jesus Cristo é o grande revelador da alegria para o cristão
Gostaria de chegar ao seu coração, tocá-lo com minha partilha e exprimir a alegria de ser consagrado, de ser servo de Deus, de Cristo; de ser cristão.
Peço a Deus que possa impactar a sua vida e alargar sua visão, tirando toda limitação que lhe impede de experimentar o Senhor da alegria em todas as circunstâncias. Esse júbilo de que falo é aquele que não passa após uma festa, uma noitada; muito menos com o sofrimento. Ele é permanente porque a fonte é Deus, é amor que ultrapassa todas as barreiras.
Essa alegria é revelada a nós por Jesus nas bem aventuranças, que fazem parte do Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo mal contra vós por causa de mim”(Mt 5, 3-11).
A alegria do cristão é bem diferente da alegria do mundo
Olhando profundamente para essa palavra, podemos perceber que a alegria do consagrado, do servo, do cristão é o oposto da alegria oferecida pelo mundo, e até mesmo concebida pela nossa razão, pois, essa é pautada pelo consumismo, por uma sexualidade desregrada e pelo hedonismo, que são coisas momentâneas, passageiras e que causam um grande estrago e um profundo vazio.
A alegria que Cristo propõe é permanente e pode ser vivida na pobreza de espírito, na mansidão, na humildade, na misericórdia, na pureza de coração, na promoção da paz, na fome e sede de justiça, e até mesmo em situações que, muitas vezes, aos nossos olhos, são negativas, mas que em Cristo são transformados em alegria, como a aflição, a perseguição, a calúnia, e as mentiras sobre nós por causa de Jesus. Isso é totalmente contrário à pregação do mundo! É uma alegria constante e verdadeira.
A alegria que brota da Cruz de Cristo
Ouso dizer a você que, na Cruz de Jesus há alegria, porque ali aconteceu a vitória; e na nossa cruz pessoal, existe uma fonte de contentamento.
Essa é a alegria que tenho descoberto no meu ministério diaconal, na minha consagração na Canção Nova, na minha vida de cristão. Tudo isso tem sido fonte de unção, de poder, e de força na minha caminhada.
Que você viva com intensidade a alegria de Cristo. Foi isso que os santos descobriram, é a perfeita alegria que São Francisco experimentou.
“Que a alegria do Senhor seja sempre a nossa força”.
Deus abençoe!
Padre Roger Luís
Missionário da Canção Nova
FONTE: CANÇÃO NOVA
FOTO: VATICAN NEWS / Papa Francisco (ANSA)
Na história do homem “sempre haverá resistência ao Espírito Santo”, oposições às novidades e às “mudanças”. Na homilia da missa celebrada em Santa Marta, o Papa Francisco reflete sobre a liturgia de hoje, detendo-se sobre as diferentes atitudes que o homem adota diante das novidades do Senhor, que “sempre vem ao nosso encontro com algo novo” e “original”.
Os prisioneiros de ideias
No Evangelho de João, o fechamento dos doutores da lei é bem focalizado, atitude que então se torna “rigidez”. São homens capazes de se concentrar apenas em si mesmos, inertes à obra do Espírito Santo e insensíveis às novidades. O Pontífice enfatiza, em particular, a sua completa incapacidade de “discernir os sinais dos tempos”, sendo escravos de palavras e ideias.
“Eles voltam à mesma questão, eles são incapazes de sair daquele mundo fechado, eles são prisioneiros das ideias. Eles receberam a lei que era vida, mas eles a ‘destilaram’, eles a transformaram em ideologia e assim giram, giram e são incapazes de sair e qualquer novidade para eles é uma ameaça”.
A liberdade dos filhos de Deus
Muito diferente, no entanto, deveria ser o calibre dos filhos de Deus, que apesar de ter talvez uma reticência inicial são livres e capazes de colocar no centro o Espírito Santo. O exemplo dos primeiros discípulos, contado na Primeira leitura, destaca sua docilidade ao novo e a capacidade de semear a Palavra de Deus, mesmo fora do padrão usual de “sempre se fez assim”. Eles, observa Papa Bergoglio, “mantiveram-se dóceis ao Espírito Santo para fazer algo que fosse mais do que uma revolução”, “uma mudança forte”, e ao centro “estava o Espírito Santo: não a lei, o Espírito Santo” .
“E a Igreja era uma Igreja em movimento, uma Igreja que ia além de si mesma. Não era um grupo fechado de eleitos, uma Igreja missionária: na verdade, o equilíbrio da Igreja, por assim dizer, está precisamente na mobilidade, na fidelidade ao Espírito Santo. Alguns dizem que o equilíbrio da igreja se assemelha ao equilíbrio da bicicleta: está parada e vai bem quando está em movimento; se você a deixa parada, cai. Um bom exemplo”.
Oração e discernimento para encontrar o caminho
Fechamento e abertura: dois pólos opostos que descrevem como o homem pode reagir diante do sopro do Espírito Santo. O segundo, conclui o Papa Francisco, é precisamente “dos discípulos, dos apóstolos”: a resistência inicial não é apenas humana, mas é também “uma garantia de que não se deixam enganar por alguma coisa e depois com a oração e o discernimento encontram o caminho” “.
“Sempre haverá resistência ao Espírito Santo, sempre, sempre, até o fim do mundo. Que o Senhor nos conceda a graça para saber resistir ao que devemos resistir, ao que vem do maligno, ao que que nos tira a liberdade e saibamos nos abrir às novidades, mas somente àquelas que vêm de Deus, com o poder do Espírito Santo e nos conceda a graça de discernir os sinais dos tempos para tomar as decisões que deveremos tomar naquele momento”.
Radio Vaticano