As bênçãos de Deus são para mim

“Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do Céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo” (Ef 1, 3).

Nesse trecho, a Palavra de Deus nos afirma que, o Pai já derramou do alto dos Céus todo tipo de bênção de que necessitamos, para viver a abundante vida que Jesus conquistou para nós. Veja: não recebemos “algumas” bênçãos ou “poucas” bênçãos, mas TODAS as bênçãos de que precisamos. Elas estão todas à nossa disposição, pois são algo que o Pai já nos deu; são uma conquista que já nos foi garantida em Jesus. O Pai já despachou dos Céus toda a provisão de que necessitamos!

Contudo, muitas vezes o que experimentamos em nossas vidas é uma grande carência de bênçãos, uma profunda falta daquilo que mais necessitamos para garantir nossa paz e alegria no Senhor. Como pode ser isso possível, diante do que diz a Carta a Efésios 1,3?

Existe uma lei espiritual que nos faz compreender esse estado de coisas.

Você deve compreender que “o dar” é de Deus, mas “o possuir” é do homem. Ou seja, cabe a Deus derramar suas bênçãos do alto do céu. E isso Ele já fez! Mas cabe a você tomar posse dessas bênçãos.

Muitas bênçãos generosas que o Pai já derramou do Céu estão retidas, porque não nos apossamos delas apor meio da fé. O inimigo sabe que não pode secar o rio das bênçãos de Deus na sua fonte, ou seja, no trono de Deus. Mas sabe, também, que pode represar essas bênçãos, impedindo que elas se derramem e se espalhem, quando na terra os homens não são capazes de apossar-se dos dons de Deus. É isso que ele deseja fazer, tornando-nos incapazes de criar o clima propício para que as bênçãos se concretizem.

O que fazer, então, para apossar-nos das bênçãos que o Pai já preparou e derramou sobre nossas vidas?

1 – Os planos de Deus, antes de se concretizarem diante de nossos olhos, passam por nossa mente e nossos lábios, em forma de pensamentos, desejos e palavras. Devemos aprender a tornar nossa mente e nossa boca canais para a sabedoria e a palavra criadora de Deus.

Fazemos isso assumindo uma postura de fé diante das situações sobre as quais deve ser derramada a bênção do Senhor. Quando escolhemos olhar para a vida não com os olhos da carne, limitados por nossas possibilidades, mas com os olhos da fé, guiados pela Palavra de Deus, assumimos uma postura de fé!

Quando escolhemos não amaldiçoar as pessoas e situações difíceis que encontramos, mas abençoa-las com palavras de ânimo e orações, estamos tendo uma postura de fé! É esta postura que nos faz capazes de apossar-nos das bênçãos de Deus, que podem começar pequenas como sementes, mas que têm potencial para crescer e se multiplicar.

Poder de Deus

2 – Vivemos em um mundo não só físico, mas também espiritual. Realidades físicas, materiais, e realidades espirituais fazem parte do nosso dia a dia, como duas dimensões de nossa existência.

Essas dimensões se “encaixam” e interferem uma na outra. Assim, muito do que acontece na dimensão física é manifestação ou reflexo de realidades espirituais. E por outro lado, coisas que realizamos através de nossa dimensão material (palavras, gestos, etc.) têm consequências sobre o mundo espiritual.

Ora, precisamos aprender, então, que somos nós que criamos o ambiente, o “clima” para que a glória de Deus se manifeste sobre alguma situação. Por meio de nossas palavras, desejos, gestos, reações (coisas que acontecem no nível material) influenciamos o mundo espiritual, ativando o poder de Deus que está sobre nós ou atrasando os planos de Deus sobre nossa vida.

Devemos aprender a saturar nossa vida, nossas palavras, nossa casa, nosso ambiente de trabalho com o louvor de Deus, com palavras de confiança e gratidão, gerando assim, um clima de fé, propício para que o Senhor possa agir. Um ambiente saturado de murmuração, palavrões, blasfêmias, calúnias e fofocas só fazem atrasar as bênçãos de Deus.

Objetivo de cristãos

3 – “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe, fortes na fé” (1Pd 5, 8-9). Nosso objetivo de cristãos, nos diversos lugares em que o Senhor nos colocou, é criar um clima favorável para que a bênção de Deus aconteça, apossando-nos de suas vitórias, e criar problemas para o diabo! Ele anda como leão procurando a quem devorar.

Isso quer dizer que ele não pode devorar qualquer um, mas deve buscar suas presas; deve cercar os que estão indefesos e dar seu bote. Ele procura a quem tragar exatamente porque existem pessoas que são “intragáveis” para ele, pessoas que lhe são indigestas! Quem são estas pessoas? Aquelas que estão saturadas com o sal do louvor do Senhor.

Pessoas que têm palavras de bênção nos lábios e sentimentos de vitória no coração são indigestas para o inimigo: ele se aproxima delas, tentando devorá-las, mas tem de passar adiante, com fome, pois, com o cristão que vive na gratidão a Deus e proclamando as maravilhas do Senhor, ele nada pode. Aleluia!

Querido irmão, exercite-se no louvor do Senhor. Vigie suas palavras, para não se tornar prisioneiro delas. Proclame as maravilhas do Senhor, mesmo aquelas que você ainda não vê. Assim, você estará criando o ambiente certo para Deus manifestar a sua glória e assumindo a postura de fé de quem sabe apossar-se das bênçãos do Senhor.

AMÉM!

Formação Canção Nova

O sinal da fé cristã: este foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral de quarta-feira (18/04).

Na semana passada, o Pontífice iniciou uma nova série, desta vez sobre o Batismo, neste Tempo de Páscoa.

O Papa recordou que semana passada pediu como tarefa aos fiéis presentes na Audiência que procurassem conhecer o dia do batismo. E renovou o pedido, acrescentando que o batismo é um renascimento, um “segundo aniversário”.

“Copiar e colar”

Francisco explicou o significado da celebração, começando pelo rito de acolhimento. Antes de tudo, pergunta-se o nome do candidato, porque o nome indica a identidade de uma pessoa, nos tira do anonimato.

“ Deus chama cada um pelo nome, amando-nos singularmente, na concretude da nossa história. O Batismo acende a vocação pessoal a viver como cristãos, que se desenvolverá durante toda a vida. E implica uma resposta pessoal e não emprestada, com um ‘copiar e colar’. ”

A fé não se compra

A fé, prosseguiu Francisco, é um dom que vem do alto, não se pode comprar, mas sim pedir. “’Senhor, dá-me o dom da fé’, é uma bela oração”, disse o Papa. A formação dos catecúmenos e a preparação dos pais são importantes para suscitar e despertar uma fé sincera.

Se os catecúmenos adultos manifestam em primeira pessoa aquilo que desejam receber como dom da Igreja, as crianças são apresentadas pelos pais, com os padrinhos.

Expressão disto tudo é o sinal da cruz que o celebrante e os pais traçam sobre a testa das crianças, que manifesta o sigilo de Cristo sobre aquele que está para Lhe pertencer e significa a graça da redenção.

Marca pascal

“A cruz é o distintivo que manifesta quem somos”, explicou o Papa: o nosso falar, pensar, olhar e agir está sob o sinal da cruz, isto é, do amor de Jesus até o fim. As crianças são marcadas na testa e os catecúmenos adultos são marcados também nos sentidos. Torna-se cristão à medida em que a cruz se imprime em nós como uma marca ‘pascal’, tornando visível, inclusive exteriormente, o modo cristão de enfrentar a vida.

“Fazer o sinal da cruz quando acordamos, antes das refeições, diante de um perigo, em defesa contra o mal, antes de dormir, significa dizer a nós mesmos e aos outros a quem pertencemos, quem queremos ser. E por isso é importante ensinar as crianças a fazer bem o sinal da cruz”, disse Francisco, reforçando este conceito pelo menos três durante a Audiência. E concluiu:

“ E assim como fazemos entrando na igreja, podemos fazê-lo também em casa, conservando em um pequeno recipiente um pouco de água benta: assim, toda vez que entramos ou saímos, fazendo o sinal da cruz com aquela água nos lembramos que somos batizados. ”

Banco Mundial

Ao final da Audiência Geral, o Papa Francisco recordou que sábado próximo, em Washington, têm início as reuniões de primavera do Banco Mundial.

“Encorajo os esforços que, mediante a inclusão financeira, tentam promover a vida dos mais pobres, favorecendo um autêntico desenvolvimento integral e respeitoso da dignidade humana.”

Radio Vaticano