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Em sua série de audiências, na manhã deste sábado (07/4), o Papa Francisco recebeu na Sala Clementina 500 membros da Comunidade Emmanuel, em visita ao Sucessor de Pedro e em peregrinação à Cidade Eterna.

Recordando o recente reconhecimento, por parte da Santa Sé, da Associação clerical da Comunidade Emanuel (15 de agosto p.p.), o Papa expressou satisfação pelas numerosas vocações sacerdotais, do novo Instituto, segundo o carisma do Emanuel, que contribui para uma maior fecundidade da evangelização. E advertiu:

“Longe de isolar os sacerdotes dos outros membros da Comunidade, leigos e consagrados, faço votos de que tal reconhecimento oficial do seu Instituto possa vivificar a comunhão entre os estados de vida, dos quais vocês fazem parte há mais de 40 anos, na unidade da diversidade vocacional. Mantenham sempre íntimo contato com a paróquia e se integrem na sua pastoral”.

O carisma da Comunidade Emanuel, recordou Francisco, está contido no seu próprio nome “Emanuel”, Deus conosco! E explicou: “Partindo da contemplação do mistério da encarnação e da adoração Eucarística vocês atingem o dinamismo missionário de anunciar a Boa Nova”. E o Papa exortou:

“Convido-os a levar os homens e mulheres do nosso tempo, a descobrir, onde quer que estejam, a Misericórdia de Deus, que está sempre ao lado do seu povo; que ela seja sempre proposta com novo entusiasmo, sobretudo entre os pobres, mediante a consolação do Evangelho, a solidariedade e o zelo missionário”.

Ao término do seu pronunciamento, o Santo Padre animou os membros da Comunidade Emanuel a manterem uma sólida vida interior, confiando no Espírito Santo, que vem ao nosso encontro nos momentos de fragilidade, para animar nosso compromisso missionário. “A Igreja, disse por fim o Papa, conta com vocês, com a sua fidelidade à Palavra, disponibilidade ao serviço e testemunho de vida”.

Radio Vaticano

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No âmbito das audiências Pontifícias na manhã deste sábado (07/4), o Santo Padre recebeu na Sala do Consistório, no Vaticano, 30 membros da Associação dos Padres do Prado, por ocasião da sua peregrinação ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo.

Em sua saudação à família do Prado, o Papa expressou seu apreço pela missão da Associação que continua a seguir o exemplo do seu Fundador, Beato Antoine Chevrier, a serviço dos mais pobres sobre o qual afirmou:

“O Beato fundador, tocado pela indigência dos mais excluídos do seu tempo, decidiu aproximar-se deles para que pudessem conhecer e amar a Jesus Cristo. Desde então, a plantinha desenvolveu-se de modo admirável, tornando-se uma bela família de sacerdotes, religiosas e mulheres leigas consagradas, espalhada em diversos países, imbuída do amor de Jesus, que se fez pobre entre os pobres, e do ardor pela evangelização”.

A nossa época – explicou Francisco – está repleta de pobrezas, novas e antigas, materiais e espirituais; muitos são acometidos por sofrimentos, feridas, misérias e tribulações de todos os tipos e, muitas vezes, estão distantes da Igreja, ignorando a alegria e a consolação que brotam do Evangelho. E, exortando a Comunidade do Prado, o Papa disse:

“Sua missão entre eles é imensa e a Mãe Igreja fica feliz de poder contar com o apoio dos discípulos do Padre Chevrier. Por isso, não posso deixar de aprovar e encorajar a ação pastoral que levam adiante, segundo o carisma próprio dos Institutos para a renovação missionária de toda a Igreja: evangelização e promoção humana”.

Por ocasião da beatificação do fundador, Padre Chevrier, em 1986, em Lyon, França, o Papa Wojtyla propôs diversas orientações para reforçar o dinamismo da Família do Prado. Hoje, o Papa Francisco as renova, citando apenas uma: “Falem de Jesus Cristo com a mesma intensidade de fé do seu fundador. Os pobres têm direito de receber a mensagem de Jesus, o Evangelho na sua totalidade”. E Francisco concluiu:

“Gostaria de ressaltar que a imensa maioria dos pobres tem uma abertura particular à fé; eles precisam de Deus. ‘A opção preferencial pelos pobres traduz-se, de modo especial, em uma atenção religiosa privilegiada e prioritária’”.

Por fim, o Santo Padre convidou a Associação dos Padres do Prado a pôr em prática a experiência espiritual do seu fundador: ter uma imensa compaixão pelos pobres, compreender e compartilhar os seus sofrimentos, para um maior dinamismo do ardor missionário e apostólico.

 

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