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Quarta-feira (04/04), o Papa Francisco escreveu na sua conta Twitter sobre o dramático caso de Alfie, um menino inglês de 22 meses que está em coma, internado em um hospital de Liverpool, cujos médicos querem tirá-lo do sistema de apoio vital:

“ É minha sincera esperança que seja feito todo o possível para continuar acompanhando com compaixão o pequeno Alfie Evans e que o profundo sofrimento de seus pais seja ouvido. Estou rezando por Alfie, por sua família e por todos os envolvidos ”

A semelhança com os casos Charlie Gard e Isaiah Haastrup

Este caso se assemelha ao de outras duas crianças inglesas, Charlie Gard e Isaiah Haastrup, que cerca de um ano atrás, respectivamente em 28 de julho de 2017 e 7 de março de 2018, tiveram suas vidas interrompidas com o desligamento dos aparelhos. Alfie tem uma doença desconhecida que os médicos consideram incurável e degenerativa e dirigiram-se à Corte Suprema inglesa solicitando a interrupção do tratamento.

Os juízes deram a autorização considerando a obstinação terapêutica “inclemente, injusta e inumana”. Segundo os exames, a criança apresenta lesões cerebrais mas responderia a alguns estímulos e possui atividade cardíaca estável.

Papa Francisco: acompanhar e tratar até o fim

De acordo com a imprensa britânica, a execução da ordem judicial poderá se verificar já nos próximos dias. Os pais de Alfie, Thomas e Katie, não perdem a esperança e já encaminharam uma batalha legal que até agora não deu resultados. Por outro lado, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo declarou o recurso dos pais inadmissível. Agora os pais pedem que o pequeno Alfie seja transferido para outro hospital onde a criança possa ser submetida a novas terapias.

Mas, como no caso de Charlie Gard, os médicos negaram o pedido. O caso chamou a atenção de todo o mundo com dezenas de milhares de pessoas que defendem a causa fazendo orações e se expressando nas redes sociais. Os pais de Alfie pediram o apoio do Papa, e ontem Francisco fez um apelo para que o grito de dor destes pais seja ouvido. Também no caso de Charlie Gard, o Papa fez um apelo aos médicos pedindo para “acompanhar e tratar” o bebê “até o fim” e sublinhando que “defender a vida humana, principalmente quando se sofre por uma doença, é um compromisso do amor que Deus confia a cada homem”.

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