Aos 17 anos Deus me impactou com seu amor através do Retiro Quem Como Deus realizado pela Comunidade Maria Serva da Trindade . Não tinha ideia de onde Ele ia me levar , quando no momento de adoração que aconteceu neste retiro, Ele de forma surpreendente me chamava a consagração total de vida , confesso que no primeiro momento eu não entendi muito bem o que isso significava , mas como Maria guardei tudo no meu coração .
Eu era uma jovem Ligth , sem perspectiva de futuro, figurante da própria vida, vivia em um namoro desregrado e não tinha coragem de tomar decisões definitivas, estava na igreja mas não conhecia a Deus, porém quando Deus me visitou tudo mudou, e nesse retiro me senti tão amada por Ele, que meu desejo era somente estar com ele viver a radicalidade Evangélica e a doação total da minha juventude ao Senhor. Essa experiência me fez romper com tudo que me impedia de caminhar na direção que o Senhor me chamava. Quando eu me vi, mesmo sem nada saber fazer, já estava saindo em missão em lugares que nunca tinha pensado estar, meu desprendimento era algo que brotava de dentro , era sinal de um chamado especial ( que eu só fui entender mais tarde ) a sede pela Evangelização me consumia , a fome pela palavra me inflamava, mesmo com a pouca idade, eu não tinha dúvidas que Deus me escolheu por Amor e me queria decididamente Missionária. Tive o privilégio de estar vivendo intensamente a missão com Badu nos seus primeiros passos de fundação e com outros irmãos que também desejavam viver aquele novo.
O Carisma estava nascendo e sendo revelado ao mundo através do Sim do Eduardo Badu, mas ao mesmo tempo, eu sentia ele sendo derramado sobre mim e me completando de forma única e profunda em cada pregação que eu o ouvia falar sobre o carisma, meu coração inflamava e o eco da sua voz ressoava dentro de mim encontrando espaço, a voz do meu fundador completava todo o vazio que existia em mim, pois através dele foi revelado minha identidade mais profunda que é o meu Carisma específico de ser Maria Serva da Trindade, no meu interior eu dizia : “é isso que eu quero viver” . O Tempo passava e o meu grau de pertença ia aumentando , minha auto identificação com meu fundador era algo que me fez crescer e amadurecer na formação, ele conseguia com sua visão espiritual ter um olhar profético sobre mim, a tal ponto de me confiar missões e responsabilidades que eu jamais conseguiria empreender com minhas próprias forças e capacidades, tudo era por graça , tudo na força do “FIAT” e pela virtude da santa obediência.
A Comunidade no ano de 2009 foi conduzida por Deus a levar Jesus a uma terra estrangeira , partimos para uma outra Diocese , e ali faço minha primeira experiência de comunidade de vida . Toda vocação comporta uma Missão , e com ela uma ruptura com o passado. Impulsionados pela Palavra de Deus em Gn 12, 1: O Senhor disse a Abrão: “Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar” Partimos confiantes na vontade de Deus para nós.
Cheguei na comunidade como uma jovem reclusa, tímida, que fazia mímica nos corais da igreja , que fazia papel de figurante nos teatros de semana Santa e por um tempo permaneci assim nos bastidores . Mas um certo dia , meu Fundador chegou até mim e me entregou pela fé a responsabilidade de assumir a coordenação da música no Grupo de Oração na cidade de Mangaratiba , detalhe eu não sabia cantar, nem pregar, e eu tentava fugir daquela missão, me justificando com minhas limitações, então ouvi ele dizer com os olhos cheios de profecia : “A Unção vos ensinará tudo” 1Jo 2,20. Tomei posse daquela palavra que se tornou o rema do meu Ministério Pessoal até hoje .

Sou infinitamente grata a Deus por ter me amado e me chamado. Hoje após 10 anos desse primeiro chamado, colho os frutos de um vida totalmente submissa a Deus e a sua vontade , quando nos entregamos com confiança e alegremente ofertamos tudo ao Senhor, Ele cumpre em nós todas as coisas que da Sua parte nos foram ditas. Hoje tenho 27 anos , Sou Consagrada a esta comunidade que tanto amo, carrego um dom extraordinário que foi me dado por profecia como relatei acima, e através do meu ministério de música muitos corações são alcançados por Deus , resido na comunidade de Vida onde posso viver com os irmãos de forma fraterna, faço parte do Ciclo fundante e do Conselho Geral exercendo por graça a Função de Formadora Geral da Comunidade, ajudando a muitos irmão e irmãs que estão na caminhada de discernimento ao Carisma e vocação Maria Serva da Trindade.
“Eis meu Testemunho , eis a minha vocação “
“Portanto, irmãos, cuidai cada vez mais em assegurar a vossa vocação e eleição. Procedendo deste modo, não tropeçarei jamais.” IIPd 1,10
Ingrid Lima D’Almeida , Consagrada e Formadora Geral CMST .

FOTO: Papa celebra a missa na Casa Santa Marta  (Vatican Media)

“Coragem e paciência”: estas são as peculiaridades da oração, que deve ser elevada a Deus “com liberdade, como filhos”. Foi o que destacou o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta. O ponto de partida foi a primeira leitura, extraída do livro do Êxodo, com o diálogo entre o Senhor e Moisés sobre a apostasia do seu povo.

Moisés não cedeu à lógica da propina

O profeta tenta desviar o Senhor dos seus propósitos irascíveis contra o povo que “deixou a glória do Deus vivente para adorar um bezerro de ouro”. No diálogo audaz que leva avante, Moisés “se aproxima com as argumentações” e recorda ao Pai o quanto fez por se povo, salvo da escravidão no Egito, e a fidelidade de Abraão, de Isaac. Nas suas palavras, neste “face a face”, transparece o envolvimento do profeta, o seu amor pelo povo. Moisés não teme dizer a verdade, não “entra em jogos de propina”, não cede diante da possibilidade “de vender a sua consciência”. “E Deus gosta disto”, precisa o Pontífice, “quando Deus vê uma alma, uma pessoa que reza e reza e reza por algo, Ele se comove”.

“Nada de propina. Eu estou com o povo. E estou Contigo. Esta é a oração de intercessão: uma oração que argumenta, que tem a coragem de dizer na cara ao Senhor, que é paciente. É preciso paciência na oração de intercessão: nós não podemos prometer a alguém de rezar por ele e depois concluir a coisa com um Pai-Nosso e uma Ave Maria e ir embora. Não. Se você diz rezar por outra pessoa, tem que ir por este caminho. E para isso é preciso paciência”.

Paciência e constância da oração

Na vida cotidiana, infelizmente, não são raros os casos de dirigentes dispostos a sacrificar a empresa para salvar os próprios interesses, obter uma vantagem pessoal. Mas Moisés não entra na “lógica da propina”, ele está com o povo e luta pelo povo. As Sagradas Escrituras são repletas de exemplos de “constância”, da capacidade de “ir avante com paciência”: a cananea, o “cego na saída de Jericó”.

“Para a oração de intercessão são necessárias duas coisas: coragem, isto é parresia, coragem e paciência. Se eu quero que o Senhor ouça algo que eu peço, devo ir, e ir, e ir, bater à porta e bato no coração de Deus, e bato ali… mas porque o meu coração está envolvido com isso! Mas se o meu coração não se envolve com aquela necessidade, com aquela pessoa pela qual devo rezar, não será capaz nem mesmo da coragem e da paciência”.

Ter um coração envolvido

Papa Francisco indicou, enfim, o “caminho da oração de intercessão”: estar envolvidos, lutar, ir avante, jejuar.

“Que o Senhor nos dê esta graça. A graça de rezar diante de Deus com liberdade, como filhos; de rezar com insistência, de rezar com paciência. Mas, sobretudo, rezar sabendo que eu falo com meu Pai, e meu Pai me ouvirá. Que o Senhor nos ajude a progredir nesta oração de intercessão”.

Radio Vaticano

FOTO VATICAN NEWS / Papa Francisco na Audiência Geral na Praça São Pedro

O “Pai Nosso” e a fração do Pão, como parte da Liturgia Eucarística da Santa Missa, foram o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira.

O dia de céu azul e a temperatura de 11°C permitiram que o tradicional encontro voltasse a ser realizado na Praça São Pedro. Devido à chuva e ao grande número de fiéis nas duas últimas semanas, a catequese do Papa teve de ser acompanhada por telões por parte do público, acomodado dentro da Basílica de São Pedro.

Pai Nosso

Francisco começou explicando aos 14 mil fiéis presentes na Praça, que à ação de Jesus de tomar o pão e o cálice de vinho, dar graças e partir o pão, “corresponde na Liturgia Eucarística da Missa a fração do Pão, precedida pela oração que o Senhor nos ensinou”, o Pai Nosso. Desta forma, começamos os ritos da Comunhão.

Mas o Pai Nosso – sublinhou o Papa – “não é uma das tantas orações cristãs, mas ‘a oração dos filhos de Deus’, a grande oração. Foi Jesus que nos ensinou o Pai Nosso”, pois faz ressoar em nós “os mesmos sentimentos de Jesus Cristo”:

“Quando nós rezamos o Pai Nosso, rezamos como Jesus rezava. É a oração que fez Jesus, e a ensinou a nós (…). É tão bonito rezar como Jesus!”

Renascidos pelo Batismo “ousamos dirigir-nos a Deus chamando-o de ‘Pai’”.

De fato, “ninguém poderia chamá-lo com familiaridade de Abbà, Pai,  sem ter sido gerado por Deus, sem a inspiração do Espírito, como ensina São Paulo”:

“Mas, devemos pensar: ninguém pode chamá-lo “Pai” sem a inspiração do Espírito Santo. Mas quantas vezes existem pessoas que dizem “Pai Nosso”, mas não sabem o que dizem. Porque sim, é o Pai, mas tu sentes que quando dizes “Pai” ele é o Pai, o teu Pai, o Pai da humanidade, o Pai de Jesus Cristo? Tu tens uma relação com este Pai? “Ah, não… não havia pensado”. Quando nós rezamos o Pai Nosso, nos ligamos com o Pai que nos ama , mas é o Espírito que faz esta ligação, este sentimento de ser filhos de Deus”.

“Que oração melhor do que esta ensinada por Jesus pode dispor-nos à Comunhão sacramental com Ele?”, pergunta Francisco. “Nenhuma!”, responde.

Esta mesma oração é rezada pela manhã e à tarde, nas Laudes e nas Vésperas, de forma que “a atitude filial com Deus e de fraternidade com o próximo, contribui para dar forma cristã aos nossos dias”.

Perdão

Ao rezar o Pai Nosso, pedimos “o pão de cada dia”, imploramos “a remissão de nossos pecados” e “para sermos dignos de receber o perdão de Deus, nos comprometemos a perdoar a quem nos ofendeu”:

“E isto não é fácil, hein! Perdoar as pessoas que nos ofenderam não é fácil, é uma graça que devemos pedir: “Senhor, ensina-me a perdoar como tu me perdoaste”. É uma graça, hein! Com as nossas forças não podemos. É uma graça do Espírito Santo perdoar”.

Assim, abrindo o coração a Deus, “o Pai Nosso nos predispõe também ao amor fraterno”. Também pedimos a Deus que “nos livre do mal, que no separa d’Ele e nos divide de nossos irmãos”. E tudo isto nos prepara para a Comunhão.

O que pedimos no Pai Nosso – prosseguiu o Santo Padre – é prolongado pela oração do sacerdote, “que em nome de todos suplica: ‘Livra-nos Senhor de todo o mal e concede a paz aos nossos dias’”.

O dom da paz

Então se pede a Cristo que o dom da sua paz – que é diferente da paz que o mundo dá – “faça crescer a Igreja na unidade e na paz, segundo a sua vontade”, e com um gesto concreto, saudamo-nos uns aos outros, “expressando a comunhão eclesial e o amor recíproco”.

“No Rito Romano – explicou o Papa – a saudação da paz, desde a antiguidade colocada antes da Comunhão, é ordenada à Comunhão Eucarística”, pois segundo advertência de Paulo, “não é possível comunicar ao único Pão que nos torna um só corpo em Cristo, sem reconhecer-se pacificados pelo amor fraterno”.

“A paz de Cristo não pode arraigar-se em um coração incapaz de viver a fraternidade e de recompô-la depois de tê-la ferido. A paz dá o Senhor. Também o Senhor nos dá a graça de perdoar aqueles que nos ofenderam”.

A fração do Pão

O gesto da paz é seguido pela “fração do Pão”, que desde o tempo apostólico deu o nome a toda a celebração.

Referindo-se ao episódio dos Discípulos de Emaús, Francisco recorda que o gesto realizado por Jesus durante a Última Ceia de partir o Pão, “ é o gesto revelador que permitiu aos discípulos reconhecê-lo após a sua ressurreição”.

Cordeiro de Deus

A fração do Pão Eucarístico é acompanhada pelo “Cordeiro de Deus”, “figura com que João Batista indicou em Jesus, “aquele que tira o pecado do mundo”.

“A imagem bíblica do cordeiro fala da redenção”, recordou o Pontífice. E “no Pão Eucarístico, partido pela vida do mundo, a assembleia orante reconhece o verdadeiro Cordeiro de Deus, ou seja, o Cristo Redentor, e suplica a ele: “tende piedade de nós…dai-nos a paz”.

“Tenha piedade de nós, dai-nos a paz, são invocações que, da oração do Pai Nosso à fração do Pão, nos ajudam a dispor o espírito para participar ao banquete eucarístico, fonte de comunhão com Deus e com os irmãos”.

“Não esqueçamos a grande oração: aquela que ensinou Jesus, e que é a oração com a qual ele rezava ao Pai. E esta oração nos prepara para a comunhão”.

Ao concluir, o Papa Francisco convidou os fiéis presentes a rezarem juntos o Pai Nosso.

Radio Vaticano