Papa: Igrejas Orientais católicas testemunhas vivas das origens apostólicas

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Em sua série de atividades, o Santo Padre recebeu em audiência, na Sala do Consistório, no Vaticano, na manhã desta sexta-feira (22/6), cerca de 100 participantes da 91ª Assembleia Plenária da ROACO, – Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais – que, este ano, comemora seu 50° aniversário de fundação.

O Papa no seu discurso, que foi entregue, enviou sua grata saudação aos Representantes Pontifícios nos Países médio-orientais, que, diariamente, acompanham o caminho esperançoso das populações cristãs e de outras tradições religiosas em terras, infelizmente, marcadas por conflitos e sofrimentos. E Francisco acrescentou:

“Depois do centenário de atividades da ROACO, que acaba de se encerrar, este organismo vive seu ano jubilar. Por isso, convido-os a recordar, com gratidão, o tempo transcorrido e todos os que contribuíram para a sua ação caritativa. Graças à generosidade de muitos fiéis do mundo, com projetos e apoio material, permitiram às Igrejas Orientais católicas se desenvolver e dar testemunho evangélico”.

 

Trata-se, disse Francisco, de um testemunho duramente provado, entre sofrimentos e perseguições, antes, por regimes totalitários e, depois, por formas de fundamentalismo e fanatismo, com pretexto religioso, e por intermináveis conflitos e migrações forçadas no Oriente Médio:

“Tudo isso é expressão do rosto sofredor da Igreja de Cristo, que anuncia o Evangelho, com palavras e obras, tornando presente a caridade divina entre os homens. Neste sentido, o ano de graça do Senhor sempre tem uma dimensão de libertação interior, do coração do homem oprimido pelo pecado, e exterior, na vida nova dos redimidos”.

As Igrejas Orientais católicas, explicou o Papa, são testemunhas vivas das origens apostólicas; elas são chamadas, de modo especial, a manter e difundir a centelha do fogo pentecostal e a redescobrir sua presença profética, nos lugares por onde peregrinam. Começando por Jerusalém, onde a presença dos cristãos, como pequeno rebanho, obtém a força do Espírito para a sua missão de dar testemunho de Jesus Cristo. E o Papa acrescentou:

“Possa, dos Lugares Santos, – onde o desígnio de Deus se realizou com o mistério da Encarnação, Morte e Ressurreição de Cristo – brotar um renovado espírito de fortaleza, para animar os cristãos da Terra Santa e do Oriente Médio a compreender a sua vocação peculiar e testemunhar sua fé e esperança”.

O Santo Padre concluiu seu pronunciamento aos membros da ROACO exortando os filhos e filhas das Igrejas Orientais católicas a manter seu dom profético e de anúncio do Evangelho de Jesus também em contextos, cada vez mais secularizados, do nosso Ocidente, onde chegam incontáveis migrantes e refugiados. Por fim, o Papa disse:

“Graças às atividades da ROACO, através de seus gestos de solidariedade e caridade para ajudar as Igrejas Orientais, o Sucessor de Pedro pode continuar sua missão de buscar percursos para a unidade visível de todos os cristãos”. Com a sua ajuda, os filhos mais distantes podem ser ouvidos, amados e acompanhados como Igreja do Ressuscitado, em meio aos desafios e sofrimentos espirituais e materiais, no Oriente Médio e na Europa Oriental”.

Radio Vaticano

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